Humpata – O ONG Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) defendeu a construção de pequenos sistemas de captação e retenção de água, assim como a reabilitação e implantação de chimpacas para aliviar as cíclicas crises de seca no sul do País.
A sugestão foi dada às administrações municipais, que para a ADRA devem inscrever nos seus orçamentos mecanismos alternativos de retenção de água, que não requerem custos altos.
Segundo o director-geral daquela ONG, Carlos Cambuta, que falava à margem do encerramento do XXI Encontro Nacional das Comunidades, são modelos que sua organização tem implementado nas comunidades e as autoridades administrativas do Estado deviam replicá-los.
Para ele, a ideia é massificar os recursos alternativos e proporcionar às famílias o acesso a água para o consumo das pessoas, do gado e prática da agricultura.
Construção de cisterna de calçadão, conforme a fonte, custa à volta de cinco mil dólares e a estrutura ou reabilitação de uma chimpaca melhorada chega aos dois mil e 500 dólares, soluções que não carecem de muito dinheiro, mas que funcionam.
A título de exemplo contou a experiência do Bailundo (Huambo) onde a uma cooperativa agrícola, como pouco dinheiro, construiu pequenos sistemas de água e dedica-se ao cultivo de milho e feijão ao longo de toda a época.
Organizado pela ADRA, o Encontro das Comunidades juntou 160 participantes da Huíla, Benguela, Cunene, Namibe, Malanje e Luanda, bem como de representantes dos ministérios da Cultura, Turismo e Ambiente, Obras Públicas e Ordenamento do Território e da Agricultura e Pescas.
O objectivo foi de partilhar experiências de boas praticas de desenvolvimento sustentável nos domínios da mitigação dos efeitos da seca e legalização de terras comunitárias, promover a analise do processo de revisão da Lei de Terras número 9/04 de 09 de Novembro e do Programa “Minha Terra”.