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ADRA propõe investimento forte na agricultura para tirar famílias da pobreza

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  • Benguela • Quinta, 04 Maio de 2023 | 14h06
Directora da ADRA - antena Benguela, Cecília Kitombe
Directora da ADRA - antena Benguela, Cecília Kitombe
José Honório

Benguela – Angola precisa de um investimento forte na agricultura como forma de potenciar o desenvolvimento económico e tirar milhares de famílias da pobreza, propôs, esta quinta-feira, em Benguela, a directora local da ADRA, Cecília Kitombe.

Em Outubro de 2022, a organização não-governamental angolana Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA-antena Benguela) apresentou um estudo sobre o nível de execução do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP), nos municípios de Cacuso, província de Malanje, do Bailundo (Huambo) e da Ganda (Benguela).

Segundo esta pesquisa, em algumas localidades a pobreza atinge 70 por cento da população.

Face ao flagelo da pobreza nas comunidades, o estudo considera insuficientes os 25 milhões alocados mensalmente aos municípios e propõe um aumento dos recursos com base na realidade territorial e social dos 164 municípios abrangidos pelo PIDLCP.

Entretanto, ao falar à ANGOP nesta quinta-feira, a propósito da actual situação social das famílias, Cecília José Kitombe considera fundamental investir para o fortalecimento da agricultura familiar, já que é um dos sectores que podem alavancar de forma rápida o processo de desenvolvimento do país.

“Vamos conseguir produzir muito mais comida para servir as necessidades alimentares das famílias”, frisou, encarando a agricultura como uma das várias alternativas que o Estado pode aproveitar para garantir o bem-estar harmonioso das famílias.

Em sua análise, a fome leva muitas famílias a procurar comida na via pública, nas paragens de táxis e junto às lojas e padarias, daí a necessidade de se investir no campo.

Para a entrevistada, o Estado tem responsabilidades acrescidas no processo de combate à pobreza nas famílias, criação do emprego e garantia da segurança alimentar, porque é o condutor da política social e económica, e o único que pode resolver de forma eficaz e eficiente o problema da fome.

Evocou, por outro lado, que muitos jovens estão formados mas não têm onde e como trabalhar, daí a necessidade da abertura de mais concursos públicos. “Pensamos que é desta forma que o Estado pode exercer melhor o seu papel”, enfatizou.

Ainda assim, a directora daquela organização, representada em 27 municípios de sete províncias do país referiu que a sociedade não deve ficar de braços cruzados, mas tem de complementar o trabalho que as autoridades governamentais têm estado a desenvolver para combater a pobreza.

“O Estado pode mitigar, por exemplo, criando uma relação forte com o sector privado, porque sabemos que o Estado não pode criar empregos para todos”, salientou, notando que existem empresas privadas que podem complementar este trabalho de tirar os jovens do desemprego, por meio de estágios profissionais e, depois, o acesso ao mercado de trabalho.

Além disso, ressaltou que há também várias iniciativas independentes por parte dos jovens que, em seu entender, precisam de ser estimuladas, pelo que o Estado pode criar microempresas para fomentar as actividades económicas e expandir o acesso ao emprego em muitas localidades.

Relativamente às leis, reconhece que Angola tem um Código de Família bastante avançado e uma Constituição progressiva que acautela as responsabilidades do Estado para com as famílias.

 “Temos também os 11 Compromissos do Estado e parceiros para com a criança”, observa Cecília Kitombe, acreditando que em matéria de legislação “estamos bem servidos”.

Daí ter a responsável da ADRA enfatizado que falta apenas a efectivação destas leis, através de políticas públicas viradas para as necessidades das famílias, como apoiar a produção agrícola e o acesso ao micro-crédito. JH/CRB





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