Cuito – As novas administradoras do Chinguar, Camacupa e Catabola, na província do Bié, têm como prioridade nos seus programas a melhoria no abastecimento de água potável, a redução de crianças fora do sistema de ensino e fomento da agricultura.
A administradora do município do Chinguar, Ângela Albino Ucueianga, disse que neste primeiro mandato vai trabalhar para a melhoria do abastecimento de água potável nas comunidades, com reforço das ligações domiciliares.
Falando esta segunda-feira na cerimónia de apresentação à sociedade civil da sua área de jurisdição, a responsável disse que o abastecimento de água potável até ao momento ainda é um grande problema para as populações desta urbe, onde apenas 170 famílias beneficiam de forma directa deste bem.
"Vamos advogar junto do governo da província e do ministério de tutela para a construção de um novo sistema de abastecimento", realçou.
Pretende ainda reforçar a cobrança do consumo, para a arrecadação de mais receitas para o Estado.
Neste município, com três mil e 54 quilómetros quadrados, existem dois sistemas de abastecimento de água. Um com a capacidade de 332 metros cúbicos e outro de 80 mil litros.
Há ainda 125 manivelas, 23 sistemas com painéis solares e dois fontanários distribuídos nas comunas sede, Cutato e Cangote, que abastecem o líquido a 167 mil e 396 habitantes.
Natural do Chinguar, Ângela Ucueianga, de 46 anos de idade, é formada em ciências políticas e relações internacionais. Substituiu Afonso Belo Sanguvila.
Já a nova administradora municipal de Camacupa, Deolinda Belvina Gonçalves, quer ver reduzido, nos próximos tempos, o número de crianças fora do sistema de ensino, estimado em 14 mil 541.
Para isso, almeja a construção de novas salas de aula, através de implementação de diversos problemas, bem como o reforço de novos professores.
Para o presente ano lectivo, o sector de educação de Camacupa matriculou 49 mil e 612 alunos, assegurados por mil 461 professores, em 170 escolas.
Deolinda Belvina Gonçalves frisou que vai também prestar atenção na melhoria do fornecimento da corrente eléctrica e água potável, já que constitui um problema sério nessa circunscrição.
A construção de um novo sistema de água para sede municipal, o acompanhamento dos trabalhos de reabilitação da mini hídrica de Camacupa são, dentre outros projectos, que podem contribuir para o fornecimento deste bem.
O reforço na agricultura familiar, através do programa de combate à pobreza, também constitui prioridade da nova administradora, que rendeu no cargo José Lopinho.
Enquanto isso, a responsável máxima da administração de Catabola, Madalena Wanga, afirmou que, durante o seu mandato, vai dar primazia à construção de mais escolas, melhoria da rede sanitária e fomento da agricultura.
Catabola conta com 18 unidades sanitárias, perto de 100 escolas, bem como é uma localidade potencialmente rica em termos de recursos minerais e hídricos.
É também o município maior produtor do feijão manteiga, com cifras anuais acima de 400 mil toneladas.
Madalena Wanga sublinhou que deverá pautar também pela melhoria do fornecimento da energia eléctrica e da distribuição de água potável.
Adiantou, de igual modo, que vai apostar em uma administração de proximidade com o cidadão, bem como da gestão rigorosa dos bens públicos colocados à sua disposição.
A nova administradora substituiu no cargo Alcida de Jesus Camatele.
Catabola tem mais de 150 mil habitantes, distribuídos em quatro comunas, nomeadamente, Sande, Caiúera, Chipeta e Chiúca.