Lubango – O administrador do Parque Nacional do Bicuar, José Maria Candango, desaconselhou hoje, domingo, a população de zonas circundantes à reserva natural nos municípios da Matala e de Quipungo (Huíla), a evitar afugentar os elefantes que invadem aldeias, para prevenir a fúria dos animais.
Em declarações à ANGOP, no quadro do incidente que ocorreu na quarta-feira localidades de Tchihende e Talamandjamba, no Quipungo, em que elefantes invadiram as lavras e a população reagiu atirando pedras e outros meios, que em reacção estes mataram quatro pessoas.
“As pessoas estão a chatear os elefantes e eles respondem de forma agressiva. Os animais se forem às lavras é mesmo só para comer e não devem reagir, pois eles depois de se alimentarem saem dos locais e regressam ao Parque”, manifestou.
Declarou que a comunidade é que está no território dos elefantes, por ser uma zona que pertence à Reserva, pelo que a administração municipal deve gizar um programa para retirada das pessoas dessas aldeias, caso contrário vão ter sempre vítimas humanas.
O administrador disse terem já 12 fiscais no local para tentar controlar a fúria dos elefantes, mas os ataques do elefante estão “longe de terminar”, já que a população insiste em construir as suas residências em locais próximos da Reserva.
Fez saber que ainda esta sexta-feira receberam a notificação de que a mesma manada de 14 elefantes destruiu três lavras na área da Chipalanguela.
José Maria Candungo frisou que o parque não tem actualmente um número real de elefantes porque ainda não conseguiram colocar chips para fazer a contagem das manadas, mas estima-se que sejam perto de 500. EM/MS