Caxito - O Gabinete da Acção Social, Família e Igualdade do Género na província do Bengo pretende, em 2023, capacitar os seus quadros e dinamizar os seus serviços para melhor acompanhar e aproximar-se às famílias.
Em declarações à Angop, a directora do Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Igualdade do Género, Isabel Lisboa, informou que a instituição quer também maior divulgação sobre o trabalho infantil que tem tendência de crescimento e trabalhar na divulgação da Lei Geral do Trabalho.
Sem adiantar o número de famílias a serem assistidas este ano, adiantou que em 2022 o gabinete assistiu aproximadamente seis mil famílias.
Apontou a cesta básica, o vestuário, o calçado e os materiais de construção como as principais necessidades das famílias da região.
Quanto ao apoio às famílias que se encontram nos municípios, sobretudo nas zonas mais recônditas, sublinhou que a instituição pretende trabalhar com as organizações não governamentais que se encontram no país.
A responsável aproveitou também a ocasião para apelar para a necessidade de se começar a “desconstruir” nas famílias a ideia de se esperar apenas pelo apoio da acção social.
“Temos de desconstruir essa ideia. Há necessidade das pessoas criarem grupos de trabalho para que possam desenvolver as suas actividades e não viverem dependentes”, sublinhou.
Aqui, apontou o esforço que o Executivo tem feito no que respeita a formação dos jovens, a entrega de kits para o auto emprego, sublinhando a necessidade de criação de cooperativas e dedicação ao empreendedorismo para que as pessoas possam começar a caminhar por si só.
Sobre a violência doméstica, disse, em 2022 o gabinete registou 489 denúncias, das quais constam três casos de violência sexual, 48 de violência patrimonial, 215 psicológica, 105 verbal, 50 física, 40 de abandono familiar, 28 de fuga paternidade e 167 casos não identificados.
Quanto aos idosos, apesar da província possuir um lar, a responsável mostrou-se satisfeita pelo facto de não existirem idosos abandonados na região.
“O povo do Bengo não tem a cultura de abandonar os mais velhos”, referiu.
Já o centro de acolhimento provisório para crianças tem recebido petizes abandonados ou perdidos e em conflito familiar que são encaminhados para os lares em Luanda devido à falta de condições no centro para albergar crianças por muito tempo.
Isabel Lisboa informou que o Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Igualdade do Género, vai continuar a apoiar as famílias, sobretudo na capacitação, sensibilização e aconselhamento.