Lubango - A necessidade dos cidadãos notificarem com maior regularidade os casos de mordeduras caninas, para evitar casos agravados de raiva, foi defendida hoje, quarta-feira, no Lubango pelo supervisor provincial de vigilância epidemiológica Leonardo Isaías.
O responsável afecto ao Departamento de Saúde Pública e Controlo de Endemias da Huíla, falava no âmbito do Dia Mundial da Luta contra à Raiva, disse que de Janeiro a Setembro do ano em curso foram registados apenas dois casos, dos quais um foi a óbito, de um menor de cinco anos, há uma semana.
Afirmou que o número é baixo, atendendo a densidade populacional da província e as comunidades não informam casos de mordeduras caninas, preferindo tratar em casa ou em unidades sanitárias não reconhecidas, fazendo com que o departamento não tenha o controlo de tais casos.
Declarou que a raiva tem sido uma preocupação para a Huíla e o departamento está focado na vigilância das comunidades, sendo que as vítimas de mordeduras de animais são maioritariamente os menores de 15 anos.
Reforçou que os detentores de cães devem levar os seus animais à vacina de forma regular, segundo o protocolo afim e a exposição das pessoas aos animais deve ser evitada.
“O cão é portador natural da raiva e sabemos que estudos feitos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que 97 por cento dos casos notificados foram causados por mordeduras caninas”, salientou.
Leonardo Isaías alertou as pessoas a ocorrerem as unidades sanitárias depois da mordedura de um animal, mas antes lavar a ferida com sabão azul e aplicar álcool etílico, iodo ou outra substancia anti-séptica disponível.
O 28 de Setembro foi escolhido em homenagem a Louis Pasteur, quem produziu a primeira vacina contra a raiva, e marca o Dia Mundial de Luta contra a Raiva, promovido pela Aliança Global para o Controle da Raiva, com o fim de criar consciência sobre as consequências e prevenção da raiva humana e animal.
A raiva é uma zoonose causada por um vírus que infecta animais domésticos e selvagens, e se transmite às pessoas pelo contacto com a saliva infectada através de mordidas ou arranhões.
Os sintomas no ser humano são parecidos com os da gripe, incluindo fraqueza geral, desconforto, febre, dor de cabeça, inquietude, perturbação do sono, queimação, formigamento e dor no local da lesão.
A medida que a doença avança, ocorrem alucinações, espasmos musculares involuntários e paralisia leve ou parcial, que pode levar à morte.