Mbanza Kongo – O vice-governador do Zaire para o sector político, social e económico, Afonso Nzolameso, afirmou, esta quinta-feira, em Mbanza Kongo, que os hábitos culturais e as doutrinas de algumas religiões não devem inviabilizar os objectivos da campanha integrada de vacinação contra a poliomielite na região.
Ao intervir no acto de lançamento da referida campanha, que vai decorrer de 17 a 19 deste mês em todo o país, o governante pediu aos vacinadores e às autoridades sanitárias locais para denunciarem todos aqueles que impedirem que os seus filhos não sejam vacinados contra a pólio, cuja meta é de atingir uma cobertura vacinal na ordem dos 100% do grupo alvo, nas duas fases da empreitada.
De acordo com o vice-governador, a campanha promovida pelo Executivo angolano, através do Ministério da Saúde visa, essencialmente, prevenir as crianças dos zero aos cinco anos de idade contra a poliomielite, na sequência da confirmação laboratorial, em Janeiro deste ano, da circulação do vírus da pólio, na província de Luanda.
“Esta situação acontece numa altura em que no nosso país já não se registavam casos de poliomielite desde 2012, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar Angola como um país livre desta doença, com a entrega do competente certificado, em 2015”, sublinhou.
Acrescentou que para não comprometer os ganhos alcançados com a certificação de Angola como nação livre da pólio, urge a necessidade do reforço da vigilância epidemiológica e a vacinação de todas as crianças que constituem o grupo alvo.
“Cabe agora às igrejas, aos líderes comunitários e às autoridades tradicionais trabalharem na mobilização e sensibilização dos pais e encarregados de educação no sentido de levarem os seus filhos aos postos de vacinação ou então esperar as equipas de vacinadores em casa”, exortou.
No Zaire, as autoridades sanitárias pretendem vacinar 125 mil e 173 crianças menores de cinco anos de idade, tendo sido mobilizados mil e 52 técnicos, compostos por 282 equipas de vacinadores.
A província do Zaire, conta com uma população estimada em mais de 600 mil habitantes, distribuídos pelos municípios de Mbanza Kongo, Soyo, Nzeto, Tomboco, Cuimba e Nóqui. DMN/JL