Huambo – Oitocentas crianças com problema de “pé boto”, uma condição genética que se manifesta desde o nascimento, foram registados, nos últimos três meses, no Centro de Medicina Física e Reabilitação “ Princesa Diana” no Huambo.
A informação foi prestada, esta quinta-feira, à ANGOP, pelo director-geral da instituição sanitária, Sabino Adão, ao referiu o número de casos triplicou nos primeiros três meses deste ano, quando, entre 2019 e 2022, foram identificados 250 casos.
Segundo o responsável, o aumento de casos assistidos deve-se, em grande medida, ao reforço das campanhas de sensibilização e divulgação dos serviços de reabilitação pediátrica nos centros maternos infantis e nas comunidades.
Explicou que o pé boto é uma curvatura para baixo e para dentro da parte posterior do pé e do tornozelo, causada pela malformação congénita e que necessita de tratamento ortopédico adequado ao longo dos primeiros anos de vida, para melhores resultados e garantia da qualidade de vida do paciente.
Sabino Adão disse que o centro almeja, nos próximos tempos, a produção da tala de dennis brown, essencial, para recuperação de muitos menores, com casos mais complexos.
Apontou a falta de médicos fisiatras, ortopedistas e neurologistas, assim como dos serviços de imagiologia (raio X) como umas das principais preocupações da direcção do centro.
O centro, reinaugurado em 2019, atende, essencialmente, pacientes das províncias de Benguela, Bié, Cuando Cubando, Cuanza Sul, Huambo, Huíla, Luanda e Malange.
Localizada no bairro Bomba Alta, periferia da cidade do Huambo, a unidade sanitária assistiu, entre Janeiro e Março do corrente ano, 19 mil 250 pacientes nas áreas de fisioterapia, psicologia clínica, hortoprotegia, cardiopneumologia, medicina e reabilitação pediátrica. MLV/ALH