Cunene- Técnicos de saúde do município do Cuanhama, província do Cunene, participam desde hoje, quarta-feira, numa formação sobre técnicas de prevenção da transmissão vertical do HVI/sida da mãe para o filho (PTMF).
A acção formativa, com duração de dois dias, está a ser realizada pelo Instituto Nacional de Luta contra a Sida, no âmbito da campanha Nascer Livre para Brilhar.
Os formandos estão a abordar matérias como o ciclo biológico do HIV/sida e patologia da infecção, métodos de diagnósticos e testes rápidos, prevenção da transmissão da doença de mãe para o filho, intervenção nas consultas pré-natais e sala de partos, entre outros.
O acompanhamento do binário mãe e filho, diagnóstico serológico da criança, gestão de medicamentos e produção de saúde e sistema de informação, fazem igualmente parte da agenda.
Ao falar no acto de abertura, o gestor do projecto móvel Nascer Livre para Brilhar em Angola, Elie Komba, fez saber que o mesmo tem como objectivo capacitar os técnicos sobre normas de atendimento adequado ao utente com HIV, de modo a melhorar a qualidade dos serviços de saúde e aumentar a adesão ao tratamento anti-retroviral.
Sublinhou que em Angola a taxa de infecção de mãe para filho, durante a gravidez, é de 26 por cento, uma das mais altas em África.
Por isso, disse que o desafio é baixar esta cifra, um objectivo que requer a envolvência dos técnicos da área de Saúde sexual e Reprodutiva, das secções da consulta de planeamento familiar (antes da concepção), consulta pré-natal (durante a concepção), sala de parto e consultas pós-parto.
Por seu turno, a coordenadora do Instituto Nacional de Luta Contra a Sida no Cunene, Cândida Alcina, disse que instituição está igualmente preocupada com a prevenção da transmissão do HIV/Sida na população em geral, tendo gizado um plano estratégico multissectorial para mitigar a propagação da endemia.
Esclareceu que de Janeiro a Maio deste ano, mais de 126 crianças de mães seropositivas nasceram livres do HIV/Sida nas maternidades da região.
Cunene tem uma taxa de incidência e de prevalência do HIV/SIDA fixada em 6,1 por cento, considerada a maior do país.