Lubango – Os pacientes com patologia do segmento da neurocirurgia passam a ser atendidos numa nova ala exclusiva para efeito, aberta na segunda-feira no Hospital Central do Lubango “Dr. António Agostinho Neto”, no quadro da segunda fase de requalificação da unidade.
Com 520 camas, o Hospital Central “Dr. António Agostinho Neto” é uma unidade de III nível de atenção, começou a ser requalificado em 2019. Doravante, os pacientes com traumatismo craniano serão melhor monitorados, o que pode reduzir a possibilidade de sequelas cognitivas ligadas à memória e às convulsões.
Esse investimento do Estado abriu novas áreas de atendimento clínico, com destaque para uma unidade de internamento de doentes com Acidente Vascular Cerebral (AVC) em fase aguda, o novo serviço de neurocirurgia e uma unidade específica de consultas para doentes com diabetes.
A Unidade de AVC agudos possibilita a realização de trombólise nos casos de isquemia, cumprindo com Protocolo Internacional, sendo este, um procedimento pioneiro em Angola que permite uma melhor a recuperação motora do doente a curto prazo, segundo a directora-geral, Maria Lina Antunes.
Em declarações à imprensa, fez saber que o AVC é a principal causa de morte no hospital, com uma média de 68 casos fatais/ano, pelo que esse investimento do Governo visa, tão-somente, reduzir esses números.
É, segundo a médica, uma ala suportada por técnicos de fisioterapia, pois muitas vítimas acabam ficando com sequelas, por isso precisam de acompanhamento.
Nesse segmento realçou que a ala tem o aporte de realizar a trombólise (procedimento que utiliza medicação para dissolver um coágulo) nos casos de AVC isquémico, com base em protocolos internacional, um procedimento pioneiro em Angola que permite melhor recuperação motora do doente em curto espaço de tempo.
A primeira fase, concluída em 2022, contemplou intervenções nas principais áreas clínicas de atendimento, com destaque para as remodelações nas de consultas externas, banco de urgência, laboratórios e enfermarias.
As obras permitiram ainda a ampliação do parque de estacionamento e a criação de canteiros ecológicos que reduzem à utilização de grande quantidade de água para rega.
Para além das referidas infra-estruturas entregues foi igualmente reabilitada toda a área da cave do hospital, com a construção de salas para realização de acções de formação, com um novo anfiteatro com capacidade para 70 pessoas, assim como reabilitações dos parques de estacionamento e das estruturas de manutenção hospitalar.
A terceira etapa contempla a ampliação da morgue e a construção de novos serviços de hemoterapia e de fisioterapia, tendo a intervenção sido delineada para apoiar o desenvolvimento técnico e científico dos profissionais e a prestação de uma assistência médica de qualidade. MS