Cunene incentiva reforço de medidas preventivas contra schistosomíase

     Saúde              
  • Cunene • Domingo, 10 Março de 2024 | 21h11
Supervisora do programa de vigilância epidemiológica no Cunene, Aida de Deus
Supervisora do programa de vigilância epidemiológica no Cunene, Aida de Deus
Fabiana Hitalukua-ANGOP

Ondjiva- A supervisora do Programa de Vigilância Epidemiológica na província do Cunene, Aida Madre de Deus, alertou este sábado, em Ondjiva, para a necessidade de as famílias redobrarem de esforços com acções preventivas contra a schistosomíase.

A schistosomíase, também conhecida por bilharzíase, é uma doença infecciosa crónica, cujo contágio ocorre durante a exposição do corpo a extensões de água onde habita o hospedeiro intermediário do vírus, o caracol.

A hematúria, ou urina com sangue, é apontada como o seu principal sintoma.

Em declaração à ANGOP, em Ondjiva, Aida de Deus disse que a província do Cunene é endémica deste tipo de Doenças Tropicais Negligenciadas, sobretudo nos municípios do Cuvelai, do Cuanhama, do Namacunde e da Ombadja e afecta maioritariamente crianças e adolescentes.

A supervisora fundamentou que o consumo de água de chimpacas e lagoas continua a causar problemas, daí a necessidade de as famílias evitarem o banho nesses pontos mas fazê-lo através  de banheiras, uma vez que, explicou, os parasitas migram para o corpo humano se a pessoa estiver parada dentro da água.

Fez saber que, durante o ano de 2023,  o seu sector notificou mil e 307 casos da schistosomíase, dos quais 878 em crianças de um mês a 14 anos, 359 casos entre os 15 os 49 anos e 70 casos  em idosos.

Comparativamente aos anos anteriores, registou-se uma redução considerável, sublinhando que, nos anos de 2019 -2021,  as autoridades sanitárias foram obrigadas a realizar  campanhas massivas contra a doença nas comunidades, mediante a distribuição do praziquantel.

Disse que os indicadores muitas vezes não correspondem à realidade, porque a doença afecta sobretudo comunidades rurais, pelo que apelou às famílias para recorrerem às unidades sanitárias mais próximas, quando notarem sintomas da doença, cujo tratamento é rápido mediante a administração de dose única.

Alertou ainda sobre as sequelas do parasita que tem a preferência de alojar-se na parede da bexiga, fazendo com que a pessoa afectada urine com sangue e, se não tratada, evolua para um cancro da bexiga.

Como medidas preventiva, disse que o sector tem desenvolvido campanhas regulares de desparasitação comunitária, sensibilização nas escolas e outros locais de maior concentração populacional, com vista a travar a propagação da doença.FI/LHE/IZ 





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