Sumbe – Cento e catorze novos casos de HIV/Sida foram registados de Julho de 2022 à presente data, no Cuanza Sul, pela Associação de Solidariedade Cristã e Ajuda Mútua (ASCAM), no âmbito de um programa de prevenção e combate à doença promovido pela instituição na província.
Os dados foram revelados, esta quinta-feira, no Sumbe, pelo assistente de monitoria e avaliação da ONG, Mateus Francisco, durante um workshop de apresentação dos dados finais do projecto comunitário de VIH/Sida e tuberculose, adiantando que, comparativamente a igual período do ano anterior, registou-se um aumento de 40 casos.
De acordo com o responsável, os casos positivos foram notificados em 111 mulheres e três homens, num universo de seis mil e 407 testes realizados nos 12 municípios da província.
Na ocasião, o responsável considerou preocupante a situação do VIH/Sida no Cuanza Sul, sublinhando que a instituição vai continuar a trabalhar no sentido de identificar mais casos positivos da doença junto das comunidades, com vista a prevenção e combate à enfermidade.
Por esta razão, apelou aos cidadãos no sentido de aderirem às campanhas de testagem voluntária de VIH/Sida, de modo a conhecerem o seu estado serológico.
Por outro lado, fez saber que a ONG tem enfrentado algumas dificuldades para exercer a sua actividade, devido ao mau estado das vias de acesso, assim como o distanciamento entre as unidades hospitalares e as comunidades.
Por seu turno, a administradora adjunta do Sumbe, Vanda Lafayete, enalteceu o trabalho realizado pela ONG no combate ao HIV/Sida na província.
“É bastante positivo o vosso trabalho, pois, além de promoverem campanhas de sensibilização, também realizam testes. Vamos continuar a trabalhar com a associação, tendo em conta que muitas pessoas vivem com o vírus e não estão identificadas. A sociedade deve estar moralizada contra este mal que tem afectado muitas famílias”, acrescentou.
A ASCAM é uma ONG angolana fundada aos 04 de Abril de 1989, em Luanda, com o objectivo de prestar assistência humanitária e reintegração social, assim como promover o aperfeiçoamento das condições físicas, intelectuais, sociais e morais necessários para o desenvolvimento humano.
No Cuanza Sul, a instituição conta com 28 activistas distribuídos nos 12 municípios da província.IS/MCN