Bailundo - Duzentas e 47 partos espontâneos foram realizados, entre Janeiro e Junho do corrente ano, em diversas bairros e aldeias do município do Bailundo, província do Huambo, por 11 parteiras tradicionais, soube a ANGOP, esta quinta-feira.
Comparativamente ao igual período de 2023, registou-se um aumento de 47 nascimentos.
A informação foi tornada pública pela coordenadora das parteiras tradicionais no município do Bailundo, Helena Chambula, à margem do seminário sobre parto seguro, que contou a participação de 62 mulheres da municipalidade, cuja sede dista a 75 quilómetros a Norte da cidade do Huambo.
Disse que maior parte dos partos espontâneos, sem o registo de nados mortos, ocorreram nas aldeias de Bimbe, Cafunga, Cajabão, Chingolo, Demba, Hengue, Jamba, Lunge, Malanga e Santoroza.
Referiu as parturientes têm idades, entre 1 6 e 50 anos, cujos bebés nasceram saudáveis e fortes.
Helena Chambula informou que as parteiras tradicionais necessitam de capacitações e actualizações constantes dos conhecimentos relacionados com os cuidados primários de saúde, serviços de obstetrícia e parto seguro, para encurtar distâncias das gestantes.
Acrescentou que este grupo de carece, igualmente, de meios essenciais para assistência às parturientes, para além de merecer maior atenção e controlo das autoridades, para a partilha de dados estatísticos, com foco no acompanhamento sistemático da taxa de natalidade nas comunidades rurais.
Por sua vez, o coordenador do projecto de capacitação das parterias traicionais da Associação Nacional de Cegos e Amblíopes de Angola (ANCAA) na província do Huambo, Bernardo Canganjo Chico, disse que a organização apostou, este ano, na promoção de campanhas de sensibilização sobre a educação sexual e planeamento familiar.
Referiu que a iniciativa visa evitar situações de gravidez precoce na população com deficiência visual e a marginalização social.
Explicou que serão promovidos espaço de diálogo sobre direito sexual e reprodutivo, com o envolvimento das autoridades sanitárias e dos agentes da educação, para a ampliação dos conhecimentos desta franja social em condições vulneráveis.
O seminário enquadrou-se no projecto da ANCAA, denominado “Ampliando Direitos - Construindo Futuros”, cujo programa iniciado, este ano, termina provavelmente Dezembro, com financiamento da União Europeia, estimado em mil Euros. LT/ALH.