Talatona – O Sistema Nacional de Saúde registou, nos últimos cinco anos, um aumento de 163 unidades sanitárias modernas.
Os dados foram divulgados na terça-feira, em Luanda, pela ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote Allen, durante a cerimónia de celebração dos 75 anos da Organização Mundial da Saúde (OMS), assinalados na terça-feira.
De acordo com Dalva Ringote Allen, com as novas estruturas apetrechadas e equipadas com tecnologia moderna, o sistema passou a contar com mais 13 mil e 426 camas.
Entre as principais unidades hospitalares construídas nos últimos cinco anos, consta o Centro Especializado de Tratamento de Endemias e Pandemias, Complexo Hospitalar de Doenças Cardiopulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, Instituto Hematológico Pediátrico Dra. Victória do Espírito Santo, Hospital Materno Infantil Azancot Menezes, Hospital Geral do Bié.
Dalva Ringote Allen considerou positiva a análise das ações desenvolvidas pelo Executivo, devido a variação na distribuição das despesas no sector social, incluindo o da saúde, na ordem de 45,1 por cento entre 2022 a 2023 e um aumento da despesa total de 4,8 por cento para 6,7.
O sector dos Recursos Humanos, adiantou, também registou um incremento, nos últimos cinco anos, com o enquadramento de 33 mil e 93 profissionais, perfazendo um crescimento de 35 por cento do total da força de trabalho.
“Os técnicos de saúde são, maioritariamente, jovens. O investimento feito obedece um acompanhamento com o aumento de quadros nos postos de saúde, que passou de 25%, em 2017, para 70 por cento, em 2022”, disse.
Para a ministra de Estado, o crescimento das intervenções de saúde pública na área infantil e adolescente permitiu a redução da mortalidade em menores de cinco anos, com o acesso à atenção integral à criança que passou de 25%, em 2017, a 93 por cento, em 2022.
Por outro lado, referiu que a cobertura dos custos das 14 principais vacinas em crianças atingiu uma cobertura vacinal de rotina em 64 por cento, assim como o incremento de anti-retrovirais, em gestantes soropositivas, de 25 por cento, em 2017, para 73 por cento, em 2021, registando uma redução da transmissão do HIV/SIDA de mãe para filho que passou de 28 a 15 por cento.
Conforme Dalva Ringote, a campanha Nascer Livre pra Brilhar resultou no aumento ao acesso de mulheres grávidas ao diagnóstico do HIV/SIDA nas consultas pré- natal.
Por sua vez, a representante da OMS em Angola, Djamila Cabral, afirmou que a organização está convencida de que através do reforço dos cuidados de saúde primários, incluindo a saúde comunitária, pode se abordar de forma mais holística e integrada os desafios ainda persistentes na saúde, acelerar os progressos e melhorar significativamente a saúde das populações angolanas.
“ Reiteramos o nosso compromisso de trabalhar com o Governo e outros parceiros para o reposicionamento dos cuidados de saúde primários e garantir que a equidade no acesso aos serviços de saúde, principalmente para os mais vulneráveis como mulheres, crianças e idosos, seja acelerada e o país possa avançar de forma célere para o alcance da saúde para todos”, disse.
A cerimónia de abertura das celebrações dos 75 anos da OMS, que vão decorrer até ao dia 07 de Abril de 2024, contou com a participação de membros do Governo, representantes das Agências das Nações Unidas, Corpo Diplomático acreditados em Angola, parceiros chave da saúde, entre outros.
Com esta celebração, a OMS pretende destacar os progressos notáveis que o mundo tem vindo a alcançar para a saúde pública, destacar os desafios e as aspirações futuras para garantir a "Saúde para Todos” e motivar a ação para enfrentar os desafios de saúde de hoje e de amanhã .Giz/MAG
