Mbanza Kongo – A Organização da Mulher Angolana (OMA), na província do Zaire, promove uma campanha de sensibilização e educação da população residente nos municípios fronteiriços com a República Democrática do Congo (RDC) sobre o surto da varíola dos macacos que assola este país vizinho.
De acordo com a secretária provincial da OMA, Isabel Deviya Luvenga, em declarações hoje à ANGOP, o pontapé de saída desta campanha ocontece na próxima terça-feira na comuna fronteiriça do Luvo, que dista a 60 km a norte da cidade de Mbanza Kongo.
Acrescentou que a empreitada que contará com a participação de mais de 50 mulheres desta organização feminina do partido no poder será extensiva a todos os municípios da região que partilham fronteira com a RDC.
“A OMA pretende, com essa actividade, elucidar as comunidades residentes em localidades fronteiriças com a RDC, sobre os sintomas e as medidas de prevenção que devem observar em caso de eventuais ocorrências desta doença na nossa região”, ressaltou a secretária.
Conforme ainda a dirigente, a escolha da comuna fronteiriça do Luvo para o arranque desta campanha tem a ver pelo facto de a mesma ser uma das principais portas de saída e entrada de cidadãos nacionais e estrangeiros no território nacional.
“Pretendemos que a nossa população que vive ao longo da fronteira e não só saiba sobre as causas e consequências dessa epidemia, que continua a fazer vítimas mortais no país vizinho”, reiterou, frisando que a campanha de sensibilização será porta-a-porta.
Quatro municípios da província do Zaire partilham fronteira com a RDC, nomeadamente Mbanza Kongo, Soyo, Cuimba e Nóqui, numa extensão de 310 km.
A República Democrática do Congo (RDC) registou 537 mortes por varíola dos macacos (Mpox) desde o início de 2024 até a presente data, dos mais de 15 mil casos suspeitos notificados.
A varíola do macaco é uma doença rara provocada por um vírus que causa sintomas como calafrios, dores musculares, cansaço excessivo e o aparecimento de bolhas e feridas na pele.
A transmissão desta doença pode acontecer através do contacto próximo e prolongado com as feridas e secreções respiratórias liberadas pela pessoa infectada ao tossir ou falar. JL