Luena – O Hospital Geral do Moxico (HGM) está a registar cerca 700 casos de infecções por malária semanalmente, afectando sobretudo crianças, cujos números representam o pico de incidências de malária na província.
O aumento de casos de infecções por paludismo, agravado com as intensas chuvas que caem na região (que poderão terminar dentro de dois meses), está associado a um surto de tosse seca que assola a província.
Esse quadro epidemiológico da malária está a causar grandes enchentes na principal unidade sanitária da província, com capacidade mais de 300 camas, causando morosidade no atendimento médico.
A directora do Hospital Geral do Moxico, Celma António, informou que só na última semana, a unidade sanitária registou mais de 700 casos de malária em adultos e em crianças.
Médica Celma António, directora do Hospital Geral do Moxico
Celma António disse que além da malária, que está a dominar as ocorrências nos bancos de urgências de medicina e pediátrico, seguem-se as doenças hipertensivas, tuberculoses e doenças respiratórias agudas.
Lamentou que o deficiente funcionamento dos postos médicos, além da ignorância da população em frequentá-los, tem causado grandes enchentes no HGM, que dispõe de três médicos por turno para atender uma demanda diária de 400 pacientes.
A médica defende a melhoria das unidades sanitárias da rede primária de saúde (postos e centros médicos) para diminuir-se o fluxo de pacientes no HGM.
Apesar disso, Celma António assegurou que os pacientes têm recebido assistência médica medicamentosa.
A cidade do Luena vai contar nos próximos meses, com um novo centro de saúde no bairro Sinai Novo, a oeste da cidade, além de já contar com um outro no bairro Social da Juventude (Norte), no Alto Luena (Sul), essas últimas duas estão a receber obras de restauro. Há ainda um no bairro 4 de Fevereiro (Leste), em pleno funciomento.