Ondjiva – Oitenta e nove pessoas morreram vítimas da tuberculose, durante o ano de 2024, em diferentes unidades sanitárias da província do Cunene, contra os 47 em comparação com o período homólogo anterior.
Em declaração à ANGOP, o chefe de departamento de saúde pública e controlo a endemias do gabinete da Saúde no Cunene, Félix Satiohamba, afirmou que no período em causa foram diagnosticados mil 713 casos da doença, mais 190 que 2023.
Fez saber que o aumento de mortes deveu-se à negligência dos pacientes que abandonaram o tratamento, salientando que a tuberculose tem cura, bastando apenas cumprir com a fase da medicação.
O responsável disse que o abandono leva ao paciente a apanhar recaídas, assim como eleva a tuberculose resistente, sendo que alguns recuperam, mas outros perdem a vida.
“Devido ao período prolongado do tratamento (seis meses), a situação do alcoolismo e as condições sociais de algumas famílias, faz com que muitos pacientes optem pelo abandono”, esclareceu.
Entretanto, referiu haver necessidade de reforçar as acções de sensibilização nas comunidades para despertar a importância do tratamento, uma vez que o programa dispõe de medicamentos para distribuir de forma gratuita.
A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo mycobacterium tuberculose ou bacilo de Koch, nome dado em homenagem ao seu descobridor, o bacteriologista alemão Robert Koch, em 1882.
Das 161 unidades sanitárias existente na província do Cunene, 38 estão destinadas ao tratamento da tuberculose.FI/LHE/DP