Talatona- O Governo angolano continua a apostar na formação de quadros do sector da saúde, expandir e melhorar as infra-estruturas hospitalares com vista a reduzir os níveis de mortes causadas por hemorragias pós-parto e outras doenças.
Afirmação é do secretário de Estado para a Área Hospitalar, Leonardo Europeu Inocêncio, que falava hoje, sexta-feira, em Luanda, durante a abertura do I Worlshop do Hospital Materno Infantil sobre hemorragia pós-parto.
O responsável disse que o esforço do governo, neste âmbito, se resume no aumento de infra-estruturas hospitalares e formação de quadro como parte da solução dos problemas da saúde, em geral, e da materna infantil, em particular.
Para Leonardo Inocêncio, o reconhecimento oportuno, a disponibilidade de recursos apropriados e respostas adequadas são essenciais para prevenir a morte e a mórbidade materna grave.
Acrescentou ser essencial, também, para a prevenção das mortes, a garantia de uma resposta adequada, planificação e preparação da instituição hospitalar.
Para o gestor público, o workshop faz parte de um leque de formações, em serviços com objectivos de capacitar as classes de profissionais de saúde e administrativos que o ministério tem desenvolvido.
Formação de quadros
No capítulo de formação, disse, foram formados no país, entre 1988 a 2022, mil 446 médicos, em 36 programas de especialidade, enquanto no exterior do país, no período de 1999 a 2022 , 861 médicos especializados, em cardiologia e medicina do trabalho.
Informou que o internato médico em Angola é realizado em 168 instituições e unidades hospitalares, onde se encontram, em formação, mais de dois mil e 735 internos de especialidade, num total de 34 programas.
Como resultado da nova estratégia para a formação de especialização na área de saúde, reflectida no plano emergencial de formação de especialistas, em dois anos de vigência, o secretário de Estado afirmou que permitiu a criação do instituto de espécie em saúde, implementação da formação médica especializada em 18 províncias, o incremento do número de médicos em formação especializada.
O responsável citou, ainda a implementação do programa de formação em medicina familiar, adaptação dos programas curriculares de formação, melhoria das condições de formação de especialidades nas unidades hospitalares, com a inauguração de novas unidades de saúde dotadas de equipamentos de alta performance e de ponta.
Estratégias para redução de mortes maternas
A directora geral do Hospital materno Infantil Dr. Azancot de Menezes, Manuela Mendes, em declarações à imprensa, disse que o momento é de reflexão e de alinhamento dos técnicos das maternidades ao propósito de salvar vidas provocadas pela hemorragia pós-parto.
Informou ser necessário lançar um movimento de ponderação, reflexão, bem como criar condições e bases para que os doentes sejam tratados e se faça a diminuição dos números, considerados altos no país.
De acordo com Manuela Mendes, a frequência da hemorragia pós-parto em Angola não é distante do que acontece ao redor do mundo, tendo sublinhado que a diferença está no registo da mortalidade, com os países não desenvolvidos, como é o caso de Angola, que apresenta taxas consideradas altas, que atingem os nove por cento de mortes, enquanto a dos países desenvolvidos é de dois por cento de mortes.
Os participantes provenientes de várias instituições maternas e infantil debruçaram-se sobre o choque obstétrico e resgate de pacientes com hemorragia pós-parto, prevenção da hemorragia pós-parto, diagnostico da hemorragia e tratamento da hemorragia pós-parto.MAG