Cuito – A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, inaugurou hoje o novo hospital municipal do Cuito, construído na comuna do Cunje, a sete quilómetros da capital biena.
A unidade sanitária tem capacidade de cem camas.
Erguida numa área de oito mil metros quadrados, a infra-estrutura vai prestar serviços em pediatria, medicina, ortopedia, raio-x, estomatologia, ginecologia/ obstetrícia, cirurgia, unidade terapia intensiva, hemagiologia, bloco operatório, medicina interna, laboratório, farmácia, hemoterapia, entre outros.
Contém ainda parque de estacionamento, residências dos quadros, entre outros compartimentos.
No acto da inauguração, a ministra entregou um autocarro para o transporte dos profissionais do hospital.
Com a entrada em funcionamento desta infra-estrutura, orçado em mais de 800 milhões de Kwanzas, no âmbito do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), o Cuito, com mais de 500 mil habitantes, fica reforçado com 831 camas, distribuídas em 39 unidades sanitárias, situadas em quatro comunas, nomeadamente Trumba, Cambândua, Cunje e Chicala.
No âmbito do PIIM, a nível da província do Bié estão em construção, reabilitação, ampliação e apetrechamento mais 11 unidades sanitárias, que possibilitarão um incremento de mais de 500 camas.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, asseverou que a entrada em funcionamento desta unidade enquadra-se no reforço do Serviço Nacional de Saúde e do desenvolvimento dos cuidados primários, sendo esses pilares essenciais para a melhoria da qualidade de vida das populações.
Neste sentido, exortou aos profissionais locais no sentido de garantirem uma elevada qualidade na prestação dos serviços junto dos cidadãos, traduzindo a importância de elevar e colocar o munícipe no centro das prioridades na assistência médica e medicamentosa.
A ministra apelou, por outro lado, às populações deste município a fim de contribuírem activamente na preservação do bem, de modo que dure o seu tempo útil, visando servi-los dignamente.
Já o administrador do Cuito, Abel Guerra Paulo, afirmou que a localização deste hospital é deveras estratégico, na medida em que vai possibilitar atender pacientes de municípios circunvizinhos, nomeadamente, Cunhinga, Catabola, Camacupa e Cuemba.
Em termos comparativos, Abel Guerra Paulo adiantou que, em 2002, havia apenas oito unidades sanitárias, contra as actuais 39, o que demonstra uma aposta séria do Executivo neste sector em ver melhorias na assistência médica e medicamentosa.
O governador do Bié, Pereira Alfredo, confirmou que o investimento que o Estado tem vindo a fazer na saúde faz com que com o sector esteja entre os pilares fundamentais da aposta das autoridades governamentais no que tange o desenvolvimento humano.
População destaca abertura do hospital
As populações desta parcela do país enalteceram a entrada em funcionamento desta unidade sanitária, na medida em que aproxima os serviços de saúde às populações.
Os cidadãos, sobretudo da comuna do Cunje, tinham que percorrer perto de 15 quilómetros à procura dos cuidados primários de saúde.
Para Acácio Gomes Dias, a abertura do hospital municipal, além de trazer melhorias na assistência médica e medicamentosa às comunidades, vai também contribuir na qualidade de vida dos munícipes e descongestionar a rede sanitária localmente.
Já Marta Domingos espera que os profissionais da saúde primem por um atendimento humanizado, com vista a facilitar a recuperação de doentes, bem como solicitou aos mesmos a se absterem de outras más práticas.
Esta unidade conta com uma força de trabalho de 196 técnicos, entre cinco médicos, seis enfermeiros, 148 técnicos de enfermagem, três auxiliares de enfermagem, quatro técnicos de laboratório, três técnicos de farmácia e 27 administrativos.