Luanda – O Ministério da Saúde vai continuar a melhorar as condições de trabalho dos profissionais de saúde, investir na formação contínua e garantir que tenham os recursos necessários para desempenharem as suas funções com excelência, afirmou a ministra Sílvia Lutucuta.
Em mensagem a propósito do Dia do Médico, comemorado mundialmente a 26 de Janeiro, a governante pediu uma reflexão sobre o trabalho árduo e a importância da classe médica, cuja actuação é marcada pelo compromisso com a vida humana, competência técnica e, acima de tudo, humanização no atendimento.
Na nota, a que a ANGOP teve acesso nesta segunda-feira, em Luanda, a governante expressa a sua profunda gratidão e reconhecimento a todos os médicos que, com dedicação e sacrifício, desempenham um papel essencial na saúde e no bem-estar da população angolana.
“O sacrifício consentido pelos médicos, que se colocam à disposição da população, face a desafios imensos, não passa despercebido”, salienta.
Lembra que o Ministério da Saúde pretende capacitar e especializar, até 2027, 38.000 profissionais de saúde, incluindo 3.000 médicos, com particular realce para a especialização em medicina geral e familiar.
Nos últimos seis anos (2018-2024), o Serviço Nacional de Saúde cresceu em todos os níveis, fruto de um esforço conjunto do Executivo que permitiu um aumento da força de trabalho, com 406.604 novos profissionais, tanto na carreira especial quanto no regime geral.
Conforme a ministra, este incremento de 43,6% no total da força de trabalho tem sido essencial para fortalecer o primeiro nível de atendimento em saúde, que são os cuidados primários.
Salienta que a maior parte dessa força de trabalho tem sido colocada nos municípios, com o objectivo de descentralizar e melhorar o acesso aos cuidados de saúde de qualidade.
Explica que além dos avanços em infra-estruturas, com a implementação de unidades de saúde equipadas com tecnologia de ponta, o sector tem investido fortemente no capital humano, reconhecendo, assim, a importância da formação contínua.
Na sua óptica, o investimento em infra-estruturas e em capital humano, aliado a um foco na melhoria das condições de trabalho e na valorização da formação contínua dos médicos, irá contribuir significativamente para o fortalecimento dos cuidados primários de saúde e para a promoção de um atendimento mais humanizado e eficaz.
“A humanização, que deve ser a marca de toda a prática médica, continua a ser uma prioridade, pois acreditamos que a medicina não é apenas uma ciência, mas também uma arte que deve ser praticada com respeito, carinho e empatia”, realça. AB/MEL/OHA