Ondjiva - O especialista em medicina interna do Hospital Geral do Cunene, Simione Mucune, Hugo Wilson, recomendou esta sexta-feira, maiores cuidados com as medidas preventivas da trombose, através da prevenção da imobilidade.
A trombose consiste na formação de um coágulo a nível dos vasos sanguíneos com consequente obstrução ao fluxo de sangue.
Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia Mundial da Trombose, assinalado a 13 de Outubro, disse ser preferível e mais seguro evitar a doença do que tratá-la sobretudo em pacientes de alto risco.
O médico ressalta a importância da adopção de medidas simples para redução dos eventos trombóticos, como caminhada ou exercício físico adequado, evitar sentar muito tempo, alimentação saudável baseada em verduras e legumes, evitar fumar e ingerir bebidas alcoólicas por excesso.
Hugo Wilson refere existirem factores de risco modificáveis como a obesidade, o sedentarismo e o tabagismo que podem ser evitáveis e não modificáveis como a idade avançada e as mutações genéticas.
“As causas para desenvolver a doença é a predisposição genética, idade mais avançada, colesterol elevado, cirurgias e hospitalizações prolongadas, obesidade, uso de anticoncepcionais e falta de movimentação”, sublinhou.
O diagnóstico e tratamento adequado e atempado destas situações reduz a mortalidade a curto prazo, bem como as complicações a longo prazo.
Segundo o especialista, a patologia é complexa e está associada a diversos factores de risco tanto a nível individual como associada aos cuidados de saúde, onde o paciente permanece longo período imobilizado, motivado por doença médica ou procedimento cirúrgico.
Para estes casos, realçou que a unidade hospitalar submete depois de 24 horas os pacientes que dão entrada com infarto de miocárdio ao tratamento da fisioterapia, no sentido de estimular os movimentos.
O Dia Mundial da Trombose é celebrado anualmente a 13 de Outubro, por iniciativa da Sociedade Internacional da Trombose e Hemostase (ISTH), com vista a aumentar a consciencialização da população para os sinais, sintomas e factores de risco associados à trombose, um problema muitas vezes negligenciado.
A incidência estimada do tromboembolismo venoso é de 1-2 pessoas em cada 1000 pessoas/ano, sendo actualmente a 3ª principal causa de morte cardiovascular, apenas ultrapassado pelo Acidente Vascular Cerebral e o Enfarte Agudo do Miocárdio.FI/LHE/SEC