Lubango- A Maternidade “Irene Neto”, no Lubango, é a primeira no país a implementar o registo digital nominal de vacinação de rotina, a partir das salas de parto, revelouanunciou hoje, quarta-feira, nesta cidade, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
Sílvia Lutucua, fez este pronunciamento, no âmbito da reinauguração do hospital Materno Infantil, no dia Internacional da Mulher, que hoje se assinala.
De acordo com a ministra, sem avançar detalhes, essa é uma solução inovadora desenvolvida pelo Ministério da Saúde e vai permitir acompanhar digitalmente, em tempo real, a vacinação das crianças, contribuindo para contínua melhoria da qualidade dos serviços de saúde prestados aos cidadãos.
A unidade sanitária, conforme a responsável, contribuirá decisivamente para a melhoria dos indicadores de saúde materna e neonatal, permitindo a execução de assistência médica e medicamentosa de qualidade, acelerando cada vez mais o acesso da população a serviços de saúde eficientes e humanizados de média complexidade e servirá de referência regional.
No respeitante aos recursos humanos, prosseguiu, encontram-se assegurados, quer através do último concurso público realizado recentemente, assim como pela admissão de quadros especializados nacionais e mediante contratação de especialistas expatriados que, para além da assistência aos pacientes, terão responsabilidades na continuação da formação dos quadros nacionais, em curso.
“Estão aqui criadas as melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde que nela vão prestar cuidados e certamente garantir aos seus utentes um atendimento da mais elevada qualidade técnica, olhando para eles com profundo amor ao próximo e respeito pelos valores e princípios que inspiram e caracterizam a sua nobre profissão”, elucidou.
Silvia Lutucuta apelou a todos os profissionais dos diversos escalões orgânicos a cuidar da unidade, assim como aos utentes, àqueles que na “Irene Neto" encontrarão respostas seguras e eficazes para os seus problemas de saúde a serem partícipes atentos e activos na conservação da Maternidade.
A reabilitação e ampliação da Maternidade Irene Neto teve início em 2021 e esteve a cargo, após concurso público, da empresa construtora MOTA-ENGIL, para a execução da empreitada e a fiscalização coube à empresa Soapro, e a componente de apetrechamento com a OMATAPALO.
O Projecto enquadrado no Programa de Revitalização de Angola (bónus social), das Associações do Bloco Zero, que inclui as companhia Total, ENI e Cabinda Gulf Oil Company, sob gestão do Ministério angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, bem como da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível.
Foram adoptadas as melhores e mais modernas soluções de engenharia hospitalar, funcionais e confortáveis, estando a unidade sanitária dotada de uma capacidade de 122 camas, 81 berços e uma área de neonatologia com 20 incubadoras, num financiamento na ordem de 12 milhões e 500 mil dólares americanos
O Governo Provincial da Huíla, antes do início da empreitada de reabilitação e ampliação da Maternidade, adaptou a Cave do Hospital Central do Lubango à acomodação provisória de todos os serviços da maternidade, de forma a garantir a assistência médica às parturientes e recém-nascidos enquanto decorriam as obras de reabilitação e ampliação.
A Maternidade Irene Neto surgiu logo após a Independência, instalada no edifício onde funcionava a UNTA (União Nacional dos Trabalhadores de Angola), e recebeu o nome da nacionalista, lutadora pela independência do país, defensora de causas nobres, com destaque para a defesa dos interesses dos mais desfavorecidos, dos direitos das mulheres e a luta contra o analfabetismo.
Irene Neto era irmã do saudoso Doutor António Agostinho Neto, primeiro Presidente da República de Angola, nasceu em Kaxicane, Município de Icolo e Bengo, foi uma carismática profissional da saúde no ramo da enfermagem, tendo participado com inegável sentido de edificação, defesa e preservação de uma nação justa e próspera, aliado ao seu compromisso com a inclusão e a igualdade de todos os angolanos. BP/MS