Icolo e Bengo - Os casos de malnutrição infantil no município do Icolo e Bengo, a 62 quilómetros da cidade de Luanda, reduziram de 465, em 2021, para 15, em 2022, representando uma diminuição de 96,78 por cento, soube a ANGOP.
A malnutrição é uma deficiência decorrente da carência de nutrientes fundamentais para o funcionamento adequado do organismo humano.
Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), indicam que em Angola, 38% das crianças menores de cinco anos de idade sofrem de desnutrição crónica.
Segundo o director municipal da Saúde do Icolo e Bengo, Luís Francisco Domingos, no período em referência foi possível recuperar 450 crianças, dos zero aos cinco anos, permanecendo apenas 15 com malnutrição, sob os cuidados de saúde.
Essa diminuição considerável é resultado de um programa que mobilizou meios e brigadas móveis, em zonas recônditas do município, onde, menores foram submetidos a ingestão de papas e leite terapêutico, que ajudaram na reposição de nutrientes em falta no organismo.
Explicou que a malnutrição, na maioria das vezes, não é a dificuldade da família ter o que comer, mas sim, a falta de nutrientes necessários para a saúde, na alimentação diária.
Para inverter o quadro, prosseguiu, o sector da Saúde em Icolo e Bengo, iniciou em finais de 2022, um programa de palestras e encontros de esclarecimento e instrução das donas de casa sobre os cuidados a terem na dieta diária das crianças.
O município conta com uma rede hospitalar de 24 postos, cinco centros de saúde e um hospital municipal que garantem toda assistência médica às crianças.
Icolo e Bengo comporta as comunas de Bom Jesus, Catete, Cabíri, Cassoneca e Caculo Cahango e uma população estimada em 131.268 habitantes, tendo como principal actividade económica agricultura.