Malanje- Vinte e um novos casos de lepra, foram registados durante o primeiro semestre deste ano, em Malanje, associados aos 155 transitados de 2023, perfazendo assim um total de 176 casos controlados.
A informação foi dada hoje à ANGOP, pelo supervisor do Programa Provincial de Doenças Negligenciadas, Bravo Buta, realçando que dos 176 casos, 24 foram curados, 12 abandonaram o tratamento e 152 estão sob controlo das autoridades sanitárias da província.
De acordo com a fonte, durante o ano transacto, 75 pacientes foram curados dos 230 casos registados nos municípios de Malanje, Cambundi Catembo, Cahombo, Marimba, Kiwaba Nzoji, Quela, Luquembo e Cacuso.
Disse que desde 2023 a presente data não se registaram mortes por lepra, mas apesar disso, é preocupante o quadro, na medida em que a maior parte dos casos provêm das zonas rurais, afectando pessoas de baixa renda.
A par disso, a fonte deu a conhecer a falta de unidades sanitárias especializadas para atendimento aos casos de lepra, daí que o tratamento é ambulatório, dificultando o devido acompanhamento por parte dos técnicos de saúde.
Explicou que as consultas são feitas numa sala cedida no Hospital Provincial Sanatório de Malanje.
Com vista a minimizar a situação, segundo Bravo Buta, foram criados pontos focais nos municípios, que têm a missão de ir às comunidades fazer levantamento de doentes de lepra e reportar as equipas afins de assistência e acompanhamento.
A lepra é uma doença infecciosa crónica geralmente causada pela bactéria Mycobacterium leprae ou Mycobacterium lepromatosis, que afecta os nervos periféricos, causando deformações na pela e quedas dos dedos.
É considerada doença negligenciada, cuja origem deve-se muitas vezes a falta de higiene pessoal, contacto e partilha de objectos utilizados por pessoas infectadas.
A lavagem regular das mãos com água e sabão e distanciamento dos indivíduos acometidos com a doença, são algumas formas de prevenção, enquanto que a cura prende-se com o uso de antibióticos e multidrogas. NC/PBC