Lubango - Pelo menos 197 mulheres, a partir dos 40 anos de idade, das 500 previstas, já aderiram a Campanha de rastreio do cancro da mama, no âmbito do “Outubro Rosa”, efectuada no serviço de oncologia, do Hospital Central do Lubango.
A campanha que iniciou dia 14 do mês em curso e vai até 28, decorre em parceria com a Maternidade do Lubango “Irene Neto”, e do número de mulheres rastreadas, 20 delas apresentaram sintomas, correspondendo a 10 por cento do total.
A informação foi avançada à ANGOP hoje, quinta-feira, no Lubango pela coordenadora provincial do registo do cancro na Huíla, Eliane Azevedo, referindo que as mulheres sintomáticas vão fazer o exame de mamografia e em função do resultado serão encaminhadas à consulta de oncologia.
Referiu que a adesão das mulheres à campanha está a diminuir, o fluxo diário ronda as 50 mulheres, sendo na sua maioria as que ouviram palestras das enfermeiras da maternidade “Irene Neto”.
Lamentou que do público em geral, a adesão está a ser fraca por conta da pouca sensibilização feita, mas pretendem até no final da campanha ter mais mulheres a ocorrerem ao rastreio.
“A nossa maior preocupação está ligada a logística, com esse fluxo estamos a conseguir controlar a situação e assim vamos atingir as 500 mulheres com idade igual ou superior aos 40 anos, mas se aumentar vamos precisar de um reforço logístico”, continuou.
Realçou que as mulheres que tiverem um nódulo palpável, um histórico de cancro na família, não podem participar do rastreio, mas devem dirigir-se ao serviço de oncologia do hospital central ou maternidade para marcar a consulta.
O “Outubro Rosa”, mês de conscientização da doença, consubstancia-se numa campanha com o objectivo de aumentar a consciência de que cancro da mama é uma patologia com grande incidência e com alta taxa de prevalência, que se for detectada precocemente tem maior probabilidade de cura.
O cancro da mama é uma neoplasia (crescimento ou proliferação anormal, autónoma e descontrolada de um determinado tecido do corpo) que tem origem nos tecidos mamários, geralmente nos ductos (tubos que transportam o leite para o mamilo) ou nos lóbulos (glândulas que produzem o leite).
O cancro da mama afecta 99 por cento das mulheres e um por cento dos homens no mundo.
