Luanda - Uma campanha alusiva ao Dia Mundial da Hepatite (28 de Julho) foi lançada hoje, segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Luta contra a Sida (INLS), em Luanda.
A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ter diversas causas, sendo as mais comuns os vírus.
Com o lema “A hepatite não pode esperar", a campanha visa enfatizar a necessidade urgente de se intensificar os esforços, de forma integrada e inclusiva.
Neste âmbito, o Instituto nacional de Luta contra a SIDA, em colaboração com os Gabinetes Provinciais de Saúde e parceiros, está a realizar um ciclo de actividades a nível hospitalar e comunitário, a decorrer de 1 a 31 de Julho, de modo a consciencializar as pessoas sobre esta doença e suas complicações.
A campanha apela à implementação de acções imediatas para a diminuição de novas infecções, através do acesso à informação, preservativos e vacinação aos grupos mais vulneráveis.
Durante o lançamento, a Directora-Geral do INLS, Maria Lúcia Furtado fez saber que no país foram notificados desde 2021 até Maio do corrente ano, 8.462 casos de hepatite b, sem contudo avançar dados comparativos.
“O Dia Mundial contra a Hepatite é celebrado a 28 de Julho e visa consciencializar as pessoas sobre a existência desta epidemia, o seu impacto a nível social e económico, além de contribuir para uma maior divulgação sobre as diferentes estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento em curso”, acrescentou.
Maria Lúcia Furtado referiu que a melhoria da cobertura vacinal contra a hepatite A e B reduz a 90 por cento a incidência a estas infecções.
Fez saber que a hepatite viral é uma doença prevenível e curável, e trata-se de uma inflamação do fígado, frequentemente causada por infecções virais.
Actualmente existem cinco classificações distintas de hepatite viral, de A à E, sendo as mais complexas a nível clínica as hepatites B e C, porque podem causar graves problemas de saúde como a cirrose, cancro do fígado e insuficiência hepática, sendo responsáveis por mais de 90 por cento das mortes.
A nível mundial estima-se que mais de 350 milhões de pessoas no mundo vivem com infecções crônicas de hepatite B ou C e infelizmente, milhões permanecem sem diagnóstico, dificultando o tratamento oportuno e potencialmente transmitindo o vírus sem saber.
Segundo a responsável, a maior parte do fardo global das doenças crónicas, a hepatite B (CHB) pode ser atribuída à transmissão de mãe para filho no momento ou logo após o nascimento, e tais infecções perinatais levam a uma alta taxa de cronicidade.
Informou que foram feitos progressos consideráveis para eliminar a transmissão perinatal de VHB, através da imunização infantil universal contra o VHB, incluindo a dose oportuna de nascimento para hepatite B (HepBD), que tem sido altamente eficaz na redução de novos infecções entre crianças.
No entanto, HepBD a cobertura é de apenas 45 por cento globalmente, com cobertura mais baixa (18%) na região africana da OMS.
O Dia Mundial da Hepatite é celebrado anualmente a 28 de Julho, data que corresponde ao dia de nascimento do cientista Baruch Blumberg, que desenvolveu o teste de diagnóstico e a vacina para o vírus.
Este dia visa clarificar os aspectos referentes à infecção e sensibilizar para a necessidade de aumento da prevenção e da informação disponível para os doentes, familiares e população em geral. EVC/PA