Lubango – Cinquenta ervanários, parteiras tradicionais e terapeutas naturalistas iniciaram hoje, terça-feira, no Lubango, um curso sobre identificação de plantas medicinais e o seu manuseamento.
Promovido pelo Fórum de Medicina Tradicional (Fometra), em parceria com o gabinete provincial da saúde, a formação, com duração de quatro anos, visa cultivar uma assistência mais responsável e humanizada, assim como reduzir a mortalidade causada por intoxicação na administração de medicamentos tradicionais.
Falando à imprensa, à margem da abertura do curso, a coordenadora do Fometra, Cristina Tchopelesso, destacou a pertinência da acção formativa, porquanto vai permitir que os naturalistas possam estar capacitados de instrumentos que lhes permitam efectuar com responsabilidade a medicina tradicional, sem descurar alguns princípios da convencional.
Para ela, a medicina tradicional pode ser definida como a soma total das práticas baseadas em teorias, crenças e experiências de diferentes culturas e tempos, utilizadas na manutenção da saúde, assim como na prevenção, diagnóstico, tratamento nas comunidades onde não há hospitais.
A língua portuguesa, a interpretação e a investigação das plantas medicinais, métodos de actuação de doentes com Covid-19, a detenção de doenças crónicas e relação entre as plantas naturais e medicamentos convencionais, são algumas matérias em abordagem na formação.
Este é o primeiro curso de género que o Fometra organiza este ano na Huíla.