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Huambo em campanha contra estigmatização de leprosos

     Saúde              
  • Huambo • Terça, 30 Janeiro de 2024 | 16h57
Doente de lepra (ilustração)
Doente de lepra (ilustração)
ANGOP

Huambo- As autoridades sanitárias da província do Huambo iniciaram, esta terça-feira, uma campanha de sensibilização contra a estigmatização social de leprosos, com o objectivo de consciencializar a população sobre as formas de tratamento de doentes no convívio familiar.

A iniciativa enquadra-se nas comemorações do Dia Internacional das Doenças Negligenciadas , que hoje se assinala, com o acto provincial marcado com a distribuição de diversos bens alimentares , roupas usadas e produtos de higienização para os 42 doentes internados na leprosaria do município do Cachiungo.

O preconceito contra os indivíduos atingidos pela lepra (hanseníase)  está associado ao desconhecimento de elementos relacionados à doença, como seu modo de transmissão, existência de tratamento e de cura.

Em declarações à ANGOP, a supervisora do programa de Combate às Doenças Tropicais Negligenciadas na província do Huambo, Florinda Augusta Kaluela, explicou que a lepra é uma doença de longo prazo, cujo tratamento pode levar um ano, caso seja detectada de forma precoce.

A supervisora admitiu a existência nas comunidades da província do Huambo de familiares que abandonam doentes de lepra nas unidades sanitárias, principalmente, nos municípios do Cachiungo e Mungo, em consequência do estigma social.

Disse que a sensibilização contra o estigma visa evitar situações de isolamento dos doentes com lepra nas comunidades, para que as famílias e as autoridades sanitárias estejam próximas e ajudem na recuperação rápida dos enfermos.

Florinda Augusta Kaluela esclareceu que, para além dos doentes internados, as autoridades sanitárias fazem o tratamento ambulatório de outras pessoas devidamente controladas e sem a possibilidade de contágio comunitário.

Sem apresentar dados estatísticos das doenças tropicais negligenciadas, a responsável explicou que a taxa de letalidade actual, regista um quadro controlado, com o aumento das  campanhas de sensibilização da população sobre os métodos preventivos.

Na província do Huambo as autoridades sanitárias têm um controlo de 125 pessoas com lepra, sendo 42 em regime de internados na leprosaria do município do Cachiungo e os demais em regime de tratamento ambulatório.

A lepra é uma infecção crónica geralmente causada pela bactéria Mycobacterium leprae ou Mycobacterium lepromatosis. Ela resulta em danos, principalmente, nos nervos periféricos (nervos localizados no exterior do cérebro e da medula espinhal), na pele, nos testículos, nos olhos e nas membranas mucosas do nariz e da garganta.

Pode ser transmitida de pessoa a pessoa, através de gotículas expelidas do nariz e da boca de uma pessoa infectada e inspiradas ou tocadas por uma outra não infectada. Mas, mesmo após o contacto com as bactérias, a maioria das pessoas não chega a desenvolver a doença.

Perto da metade das pessoas com lepra, provavelmente, foi infectada, através de um contacto íntimo e prolongado com uma pessoa infectada, contactos casuais e de curta duração não parecem transmitir a doença.

 A lepra não pode ser contraída através de um simples contacto com alguém com a infecção, como habitualmente se acredita. Os profissionais de saúde trabalham durante muitos anos com pessoas com lepra sem desenvolverem a infecção.  LT/JSV/ALH





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