Jamba - A gestão do lixo hospitalar no município da Jamba, província da Huíla, vai estar melhorada no próximo mês com a entrada em funcionamento do primeiro incinerador com capacidade de destruir meia tonelada de resíduo/hora, instalado no hospital municipal.
O incinerador, um projecto do Governo da Huíla, instalado na zona adjacente ao hospital municipal, começou a ser montado a 13 de Fevereiro deste ano e está em fase experimental há uma semana.
O resíduo hospitalar engloba todos os tipos de lixo gerados durante o atendimento dos pacientes. Esse pode derivar de qualquer estabelecimento de saúde ou unidade que ofereça cuidados médicos, seja para seres humanos ou animais.
O lixo hospitalar pode representar risco à saúde humana e ao meio ambiente, se não haver adopção de procedimentos técnicos adequados no manejo dos diferentes tipos de resíduos químicos gerados.
Nos exemplos de resíduos de serviços de saúde constam materiais biológicos contaminados com sangue ou patogenos, peças anatómicas, seringas e outros instrumentos plásticos, além de uma vasta variedade de substâncias tóxicas, inflamáveis e até radioactivas.
Sobre o assunto, em declarações à ANGOP, o director municipal da Saúde na Jamba, Zeferino Cassindi, afirmou que a ideia é apostar numa gestão residual sustentável, de forma a reduzir o risco de contaminação de várias patologias pela população, resultante do lixo hospitalar deitado ou queimado ao ar livre.
A fonte referiu que só a unidade hospitalar produz, em média diária, 400 quilogramas de lixo que antemão é já separado e depositado numa lixeira controlada, localizada a um quilómetro do hospital, em que os materiais “mais perigosos” eram queimados a céu aberto no local.
Salientou ser um equipamento, para além de dar tratamento aos resíduos da maior unidade hospital do município, que atende 90 a 100 pacientes/dia, vai dar resposta ao lixo hospitalar produzido nos centros e postos de saúde existentes na Jamba.
Zeferino Cassindi ressaltou que o hospital tem serviços de banco de urgência, internamento pediatria, farmácia, deposito de medicamentos, laboratório, maternidade e sala de parto e do Programa Alargado de Vacinação.
Frisou para além da malária, o município regista como principais patologias a malária, as doenças respiratórias e as diarreicas agudas, assim como a schistosomíase.
A rede sanitária do município da Jamba é composta por 16 unidades, destas um hospital municipal, quatro centros e 11 postos, para atender um universo de 142 mil 371 habitantes previstos na municipalidade. EM/MS