Mbanza Kongo – A ignorância no cumprimento das medidas de biossegurança por parte dos clientes que se dirigem todos os dias aos bancos comerciais sedeados na cidade de Mbanza Kongo, capital da província do Zaire, pode propiciar a contaminação, em grande escala, da cavid-19 na região.
As enchentes começam logo às primeiras horas do dia, um cenário que se agudizou desde o passado dia 20 de Dezembro onde os clientes ávidos de efectuarem transacções bancárias para uma quadra festiva condigna, desrespeitam as medidas de biossegurança, com realce para o distanciamento físico e o uso de máscaras faciais.
Abordados esta terça-feira pela ANGOP, alguns clientes atribuem a situação à morosidade no atendimento por parte dos funcionários bancários, aliada à desordem provocada alegadamente por agentes de protecção física colocados em balcões.
Augusto Nsakala Júnior, cliente do Banco de Poupança e Crédito (BPC), acusou os agentes de protecção física em serviço de priorizarem a entrada de parentes e amigos, em detrimento de outros que respeitam a ordem de chegada.
Explicou que, nas primeiras horas desta manhã, acorreu ao balcão para ocupar os primeiros lugares da fila, mas só foi autorizado a entrar para efectuar as suas transacções três horas depois, tudo por culpa dos alegados esquemas.
Segundo disse, esta desordem alegadamente protagonizada por agentes de protecção física cria alvoroços entre os clientes na parte exterior do banco, fazendo com que muitos utentes desrespeitem as medidas de biossegurança.
A mesma situação foi vivenciada também por José Romeu, cliente do Banco Sol, que foi preterido a favor de indivíduos que chegaram depois dele.
“Cheguei muito cedo e coloquei-me na posição cimeira da fila, mas duas horas depois, ainda estava a espera a minha vez para entrar”, lamentou, tendo sugerido aos gestores bancários locais a reverem o procedimento no atendimento ao público.
Isabel Liliano, cliente do Banco de Comércio e Indústria (BCI), reforçou que a morosidade no atendimento tem sido recorrente, provocada, fundamentalmente, pela suposta desordem provocada pelos agentes de protecção física em serviço.
“Corremos o risco de sermos contaminados pela covid-19, tudo devido à confusão em filas. Há quem madruga, mas só entra no interior do banco três a quatro horas depois”, referiu.
O município de Mbanza Kongo conta com sete agências bancárias, sendo duas do BCI, uma do BPC, igual número dos bancos Sol, Económico e BFA.
A ANGOP tentou, sem sucesso, ouvir os gestores bancários sobre a situação.
Mbanza Kongo tem uma população estimada em 180 mil e 329 habitantes, distribuídos pelas comunas de Madimba, Kalambata, Nkiende, Luvo, Kaluka e Sede.