Lubango - Cinquenta e oito milhões de Kwanzas é o valor disponibilizado, nesta sexta-feira, no Lubango, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), destinado a um projecto para munir os vendedores do mercado informal do Mutundo de meios de biossegurança para evitar o contágio por Covid-19.
O mercado do Mutundo é o maior a céu aberto na região sul do país e está fixado às margens da Estrada Nacional 105. Tem dez anos e acolhe mais de 50 mil pessoas, entre vendedores e clientes.
O projecto lançado com ajuda dessa agência das Nações Unidas em parceria com a administração do Lubango e está virado à componente de biossegurança, saneamento básico, Infra-estruturas.
O financiamento contempla a produção de máscaras, o fornecimento de material para desinfecção e a construção de um sistema de captação de água para dez 10 metros cúbicos hora e aumentar a capacidade de armazenamento para melhor distribuição às bancas de venda.
Prevê ainda o melhoramento de valas de drenagem de águas residuais e pluviais, dando maior dignidade ao mercado, a construção de alpendres de dois metros e meio de altura, cobertos de chapas, com uma base cimentada.
Em declarações à imprensa, o administrador municipal do Lubango, Armando Vieira, disse que foram contratados alguns fornecedores e prestadores de serviço que trabalham nessas três componentes.
Observou que a ideia é fazer com que os vendedores do mercado trabalham nas condições adequadas dentro do mercado, em conformidade com o Decreto Presidencial e as regras da Organização Mundial da Saúde sobre a Covid-19.
Conforme o responsável, para a concretização deste desiderato vão aproveitar a mão-de-obra presente no mercado, como costureiros e alfaiates para confeccionar as máscaras, serralheiros para os alpendres.
Por sua vez, o representante do PNUD na região Sul, João Neves, disse que o objectivo é superar os efeitos da Covid-19 no país, criando condições para que os mercados possam permanecer abertos.
O mercado compreende 5.800 bancadas.