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Covid-19 “esconde” realidade da Sida em Angola

     Saúde              
  • Luanda • Terça, 30 Novembro de 2021 | 21h52
Simbolo da Luta Contra a Sida
Simbolo da Luta Contra a Sida
Divulgação

Luanda - A Covid-19 veio, em certa medida, encobertar a acção de outras doenças tão mortais e destrutivas da estrutura familiar do país. A sida é uma delas.

Por exemplo, em 2020, o presidente da Rede Angolana de Organizações de Serviços de SIDA (ANASO), António Coelho, afirmara que em Angola mais de 30 pessoas morriam com complicações decorrentes dessa doença.

Ainda dados de 2020 indicam a ocorrência diariamente no país de mais 70 infecções, tornando a situação extremamente preocupante.

Infelizmente, estes números reflectem o contacto directo ou indirecto com esta patologia, pois qualquer família tem ou teve um, dois, três ou mais infectados no seu convívio, mesmo sem saber.

O problema torna-se maior quando o número de pessoas contaminadas nega a sua condição e rejeita qualquer terapia, reduzindo rapidamente o seu sistema imunitário.

Os números apontam que, regra geral, as classes menos favorecidas são as que mais se recusam a aceitar, principalmente por ignorância, ou crenças em terapias pouco ortodoxas.    

Quarta-feira, 1 de Dezembro, celebra-se o Dia Mundial da Sida, e não deve ser só por essa altura que se deve falar desta terrível doença.

Nas pessoas deve ser incutido o “espírito de medo” da doença, voltando aos programas “agressivos” nos órgãos de comunicação social que expliquem as consequências do seu contágio e da ausência da medicação.

Mais de um familiar dos infectados deve conhecer a sua condição, para vigiar a toma da medicação e acompanha-lo (sensibilização) nos momentos de depressão e recusa dos medicamentos, pois esta é uma das causas das mortes por sida em Angola.

Hoje, vozes no mundo dizem que todo doente, desde que faça rigorosamente a medicação, já não morre de sida, baixando a sua carga viral em níveis indetectáveis. No entanto, para Angola a situação é contrária.

A mesma ANASO reporta que as autoridades têm sob controlo cerca de 350 mil angolanos com VIH, mas apenas 93 mil fazem terapia antiretroviral.

A interpretação sugere que 257 mil infectados podem ter uma recaída grave e não recuperar para a vida.

Deste modo, compreende-se as causas da elevada taxa de mortalidade pela sida.

A prevenção é a melhor forma de se combater essa patologia, mas caso esteja contaminado, nada melhor que a medicação perpétua. 

Criação da data 

Elegeu-se o 1 de Dezembro porque o primeiro caso de Sida foi diagnosticado nesta data, em 1981.

A ideia de dedicar um dia à luta contra a Sida no mundo surgiu na Cimeira Mundial de Ministérios da Saúde de 1988.

Desde então, à iniciativa, seguiram-na governos, organizações internacionais e de caridades de todo o planeta.

A comemoração da data tem como objectivo despertar os estados, os governos e as sociedades civis das nações sobre o perigo que o flagelo representa, tendo em conta a natureza da infecção e a sua rápida capacidade de propagação entre as populações e as comunidades.

A reflexão em torno da efeméride remete a sociedade para o incremento de acções multiformes e a todos os níveis, que visam atenuar o impacto da pandemia entre as populações, sobretudo as mais carenciadas.

Situação do Hiv-Sida em Angola

Em Angola, segundo dados do Ministério da Saúde (Minsa), durante o primeiro semestre do ano em curso, foram registados 18 mil novos casos de Hiv-Sida.

Trata-se de um registo resultante de um milhão 46 mil e 908 testes realizados nos diversos centros de diagnóstico e unidades sanitárias.

Comparativamente ao mesmo período de 2020, houve uma redução, tendo em conta o registo de 26 mil casos positivos em 920 mil 620 pessoas testadas.

Segundo ainda os dados do Ministério da Saúde, dos novos casos, 94.4 por cento são adultos e 5.6 por cento crianças.

Para reverter o quadro, o governo tem como desafios a aquisição de mais testes e medicamentos para o tratamento de hepatites virais, segundo o Minsa.

Informação da ANASO indica que as autoridades têm sob controlo cerca de 350 mil angolanos com VIH, sendo que apenas 93 mil fazem terapia antiretroviral.

Os dados indicam que o número de mulheres vivendo com VIH é de 210 mil, 49 mil jovens dos 15 aos 24 anos e 31 mil crianças dos zero aos 14 anos.

O país tem uma taxa de transmissão vertical de 19.36 por cento, com um total de 776 mil 991 órfãos de sida. Em Angola os primeiros casos de HIV surgiram em 1985.





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