Benguela – A província de Benguela iniciou neste sábado a vacinação contra a Covid-19, para beneficiar 60 mil cidadãos em dois postos instalados, apurou a ANGOP.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, acompanhada do secretário de estado para Saúde Pública, Franco Mufinda, e de membros do governo local, prestigiou o lançamento da campanha, que teve na vice-governadora para esfera Política, Económica e Social, Deolinda Valingula, a primeira pessoa a ser vacinada.
Segundo a governante, depois das províncias de Benguela, Cabinda, Huambo e Huíla, as quatro a seguir a Luanda, com mais casos registados, as autoridades sanitárias vão incluir a do Zaire no processo de vacinação.
Para esta fase inicial do processo, indicou, estão contemplados idosos, pessoas com comorbilidades, autoridades religiosas com mais de 65 anos de idade, profissionais da saúde, membros do governo local e órgãos de defesa e segurança.
Em relação às situações adversas, a ministra da Saúde reiterou como sendo segura a vacina que está a ser administrada actualmente. “Se faz parte dum determinado grupo que é chamado da primeira etapa, aproveite esta oportunidade, vacine-se e proteja a sua vida, a Covid-19 pode matar e nós não queremos mortes, luto e dor no seio das famílias”, enfatizou.
Acrescentou que o país já vacinou cerca de 70 mil pessoas e apenas 50 foram registadas com pequenos efeitos adversos, nomeadamente pequenas cefaleias, febres e dores neo-articulares que, no prazo de 24/48 horas desapareceram, bastando que se tome, normalmente, um analgésico.
“Mesmo quando levamos crianças à vacina, o médico geralmente explica que a criança pode ter irritabilidade ou alguma febre, por isso, essas pequenas reacções para uma vacina são normais, sendo mais importante salvar vidas, até porque já foi anunciado pela OMS que a vacina é segura, além da União Europeia ter dado igualmente luz verde à essa vacina”, declarou Sílvia Lutucuta.
Esclareceu que cada dose de vacina salva uma vida e, sendo que a primeira tem uma imunidade de até 60 por cento, a segunda eleva para 90 por cento.
Para si, tudo vai depender da velocidade que a província imprimir, porque depois destas sessenta mil doses, que estão a ser ministradas em postos instalados nas cidades de Benguela e do Lobito, o ministério pensa enviar outras à medida que o país for recebendo novas vacinas, desde que se cumpram todas as normas estipuladas para que se tenha bons resultados.
A ANGOP soube, no local, de fonte autorizada que, ao nível dos restantes oito municípios, pelo menos nesta fase inicial, não será aberto nenhum posto de vacinação, devendo cada gestor hospitalar de qualquer unidade sanitária criar modalidades para fazer deslocar à Benguela ou Lobito os seus técnicos, que já estão oportunamente registados para o processo de vacinação.