Cabinda - As autoridades sanitárias em Cabinda estão preocupadas com o aumento de sinais da Schistosomiasis nos municípios sede de Cabinda e do interior, nomeadamente de Cacongo e Buco-Zau.
Uma equipa da secretaria provincial da saúde ligada ao Departamento de Vigilância Epidemiologica em Cabinda constatou a existência da doença, que está a afectar os habitantes nas referidas circunscrições.
Em declarações à imprensa, o secretário provincial da saúde em Cabinda, Ruben de Fátima Buco, confirmou a presença da Schistosomiasis nos municipios de Cabinda, Cacongo e Buco-Zau.
Referiu que os sinais da doença foram detectados na primeira quinzena do mês de Setembro deste ano quando cerca de 95 por cento de crianças da escola do I nível no município de Buco-Zau estavam a urinar sangue.
Foram feitas colheitas de urina para amostras em cerca de 77 pessoas, das quais 27 foram enviadas a Luanda e 50 foram processadas em laboratórios locais, com 39 casos positivos e 11 negativos.
Para o secretário da saúde em Cabinda, esses indicadores apontam para o surgimento de uma eventual epidemia.
Neste momento são tidas como zonas endémicas a regedoria de Cácata, na comuna de Tando Zinze, município sede de Cabinda, na aldeia da Beira Nova (Cacongo) e a aldeia de Sevo da Fazenda (Buco-Zau).
O Schistosomiasis, igualmente conhecido como o bilharzia, febre do caracol ou febre de Katayama, é uma doença infecciosa causada por sem-fins parasíticos do género Schistosoma. Esta circunstância pode afectar o aparelho urinário ou o intervalo intestinal, segundo a espécie.