Saurimo - As autoridades tradicionais das localidades do Sapopo e Caicanga, em Saurimo (Lunda-Sul), solicitaram hoje, sexta-feira, à Sociedade Mineira de Catoca, a construção de latrinas comunitárias, para evita várias doenças, com maior realce a cólera.
Em declarações à ANGOP, à margem da palestra enquadrada no âmbito das comemorações do Dia Nacional do Ambiente, assinalado hoje, numa iniciativa da mineradora Catoca, que tem como objetivo informar a população sobre os cuidados a ter com saneamento básico, para evitar a cólera.
Na ocasião, o soba da localidade do Sapopo, Luis Sapopo, frisou que o bairro tem fontanário que fornece água potável, mas debate-se com a falta de latrinas, o que obriga os munícipes a defecarem ao ar livre.
Apesar disso, prometeu reforçar as medidas de prevenção, para que a cólera não chegue à sua comunidade, com destaque ao saneamento básico, ferver água e lavar bem os legumes antes de cozinhar.
Por sua vez, o soba da localidade do Caicanga, João Muambango, corroborou com o antecessor, na construção de latrinas, porque maior parte da população realiza as necessidades ao ar livre.
"Com as chuvas que caem todos dias, há maior probabilidade de se contrair doenças, com incidência a cólera", enfarizou.
Agradeceu o gesto de Catoca em alertar a população sobre as medidas de prevenção da cólera, uma vez que muitos não tinham o domínio do problema sanitário que o país vive.
Por seu turno, o responsável do sector de saúde e higiene no trabalho, da Sociedade Mineira de Catoca, Sílvio Liz, apelou à população e às autoridades tradicionais, a intensificarem a informação sobre os cuidados a ter com a cólera.
Considera ser fundamental que as famílias consumam água potável, mantenham as aldeias limpas e descartem o lixo distante das casas e não defecar ao ar livre, de modo a evitar que a cólera chegue à comunidade.
Orientou igualmente à população sempre que fazer o uso da latrina a lavar as mãos com água e sabão, assim como antes de comer qualquer alimento, sobretudo os não confeccionados.
Alertou a comunidade para no caso de ter alguém afectado com diarréia, febre e vômitos, beber bastante água e recorrer a unidade sanitária mais próxima para o atendimento profissionalizado.
Desde o início da doença a 07 de Janeiro, em Angola, foram já registados um total 1.372 casos, nas províncias de Luanda, Icolo e Bengo, Bengo, Malanje, Zaire e Cuanza Norte, causando 54 óbitos. MG/JW/SEC