Namacunde – A Administração Municipal de Namacunde (Cunene) solicitou, nesta quarta-feira, às autoridades tradicionais a estarem mais envolvidas na sensibilização das medidas preventivas contra a cólera junto das comunidades.
A solicitação foi expressa pela administradora de Namacunde, Cristiana Nameomuno, durante um encontro com os sobas e séculos, reafirmando o compromisso em esclarecer a população sobre os cuidados a terem para se prevenirem da doença.
Salienta ser necessário que as autoridades do poder tradicional, a nível das suas circunscrições, informem às famílias a tratarem água com lixívia ou a ferver antes de consumirem, lavarem as mãos antes de comer e a tratar o lixo.
“A cólera é uma doença perigosa e para não nos contaminar precisamos passar essas informações no sentido das famílias estarem por dentro dos cuidados e medidas a aplicar, nas aldeias, vilas e bairros”, afirmou.
Pediu ainda ao Gabinete Municipal da Saúde ao reforço das acções de vigilância contra a cólera, visto que Namacunde faz fronteira com a vizinha Namíbia e o posto de Santa Clara é um dos mais movimentados por cidadãos nacionais e estrangeiros.
Por outro, solicitou a participação da população nas comemorações dos 64 anos do início da Luta de Libertação Nacional, como forma de passar o testemunho histórico e o significado do 4 de Fevereiro de 1961 às novas gerações.
Na província do Cunene, ainda sem qualquer caso suspeito, estão reforçadas as medidas de vigilância contra a cólera nas comunidades urbanas e rurais, com a instalação da equipa técnica multisectorial de resposta a eventuais casos da doença.
Dados actualizados do Ministério da Saúde, indicam que desde que foi declarado o surto da cólera a 7 de Janeiro, já foram notificados 1.216 casos da doença e 48 óbitos, sendo 33 mortes em Luanda, nove no Bengo e seis no Icolo e Bengo. PEM/LHE/SEC