Luena – As autoridades sanitárias da província estão em vias de descartar como paralisia flácida aguda uma doença estranha que atacou e imobilizou membros inferiores (pernas) de três crianças da mesma família no município de Camanongue, província do Moxico.
Depois de recuperarem do paludismo, as crianças estão a ser submetidas em tratamento de fisioterapia e estão a “reagir bem, apresentam estímulos e reflexos”, segundo o director provincial da Saúde, Tiago Mário, enquanto se aguarda pelos resultados laboratoriais das amostras enviadas a Luanda.
“As crianças estão a evoluir muito bem, já caminham, tem feito sessões de fisioterapia no Centro de Reabilitação Física do Luena, três vezes por semana, de forma ambulatória”, assegurou, contudo, sem avançar ainda o diagnóstico da doença, conhecido apenas após resultados dos exames.
Sobre as informações de haver mais membros da família a sofrerem da mesma doença, como é o caso dos pais, afirmou que “esteve lá uma equipa nossa da vigilância epidemiológica, fomos à comunidade, no bairro João Paulo Calengue, fizemos rastreios e não foram encontradas essas pessoas”.
Ainda relativamente aos casos suspeitos, estão em investigação, há três meses, outros possíveis casos de poliomielite nos municípios do Moxico, sede provincial, e Alto Zambeze, quatro meses após se realizar uma campanha contra essa doença de paralisia infantil.
Nesse sentido, o governo angolano vai realizar uma campanha nacional de vacinação contra a pólio, correspondente a terceira fase, a iniciar-se esta sexta-feira (6) até ao dia 8, com a província do Moxico a prever imunizar 210 mil crianças menores de cinco anos. YD
