Benguela – A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, apelou hoje à “cautela e sentido de responsabilidade” dos fazedores de opinião pública, na forma e no conteúdo da sua acção comunicativa, com vista à estabilidade política e social do país.
Na sua intervenção na edição especial do projecto “Termómetro”, que abordou, nesta quinta-feira, em Benguela, “O papel dos fazedores de opinião na preservação da estabilidade social e no combate à intolerância política”, Luísa Damião destacou a pertinência dessa temática, tendo em conta a influência desses actores junto da sociedade.
“As sociedades precisam sempre de líderes e fazedores de opinião, cuja acção, atitude e comportamento verbalizados ou não, contribuem para a estabilidade política e social”, disse a responsável, perante uma plateia constituída de jovens de vários estratos da sociedade civil, convidados a apresentar opiniões sobre diferentes temas de interesse nacional.
Segundo a dirigente, os fazedores de opinião são entidades paradigmáticas e actores cuja influência sobre os seus públicos podem condicionar maneiras de ser e estar dos cidadãos perante a sociedade e o mundo em geral.
Daí ter a vice-presidente do partido no poder em Angola lembrado que estes actores, quer actuam no âmbito da interacção real diária, nos media tradicionais ou nas redes sociais, devem ter, à semelhança dos políticos, as mesmas cautelas e responsabilidades sobre aquilo que transmitem.
Reconhecendo, entretanto, as contribuições positivas dos fazedores de opinião em face dos ingentes desafios nacionais, Luísa Damião apela para que a atitude dos jovens seja à luz dos usos e costumes do povo angolano e, com isso, engrandecer cada vez mais o país.
E sobre a realização do Termómetro em Benguela, disse que o projecto veio a esta parcela do país para medir a “temperatura político-social” e ver como estão os jovens, no âmbito do programa das celebrações do 59º aniversário da JMPLA, braço juvenil do partido do governo, a comemorar-se no próximo dia 23.
Luísa Damião fez jus à expressão “uma satisfação enorme” para descrever o que sentiu ao encontrar, no Cine Monumental, centenas de jovens da província de Benguela, terra, como referiu, “inspiradora” e onde até residiu por alguns anos.
Por isso, vincou que o MPLA tem estado a desenvolver diversas actividades com a sociedade civil angolana, destacando-se a abordagem de grandes questões nacionais e internacionais, “porque entendemos que todos juntos devemos construir Angola”.
No fundo, o Termómetro, que privilegia o diálogo aberto com diferentes sectores sobre diferentes temas da vida política, económica e sociocultural do país, reflecte a visão do Presidente do MPLA, João Lourenço, sobre a necessidade da ampliação dos mecanismos de diálogo participativo e construtivo, de modo a absorver as contribuições de todas as franjas da sociedade.
A prossecução dessa iniciativa a nível do país, como afiançou a vice-presidente, contribui no reforço da unidade, coesão, tolerância e reconciliação nacional, atendendo aos desafios do desenvolvimento e do bem-estar das populações.
Por outro lado, Luísa Damião admitiu que, com a aposta na governação mais aberta e participativa, o país assiste hoje a uma ampliação positiva na observação das liberdades fundamentais, tais como a liberdade de expressão, de reunião, manifestação e outras.
O MPLA está comprometido com a paz, a estabilidade política e social e o desenvolvimento do país, com a dirigente a lançar a todos os jovens e mulheres de bem o desafio para que façam parte desse compromisso colectivo para a contínua harmonia social.
Já o secretário nacional da JMPLA, Crispiniano dos Santos, entende que o diálogo é a melhor forma para a permanente troca de ideias, exortando aos jovens que apresentem opiniões construtivas para a preservação da unidade, estabilidade social e combate à intolerância política.