Huambo – O vice-governador da província do Huambo para o sector Político, Social e Económico, Angelino Elavoco, defendeu, esta segunda-feira, a melhoria dos níveis de adestramento das FAA, para estimular os conhecimentos sobre a arte operativa e ciência militar.
O responsável, que falava na abertura do Ano de Instrução Combativa 2024/2025 da Região Militar Centro, que abrange as províncias de Benguela, Bié, Cuanza-Sul e Huambo (quartel-general), destacou a necessidade de se melhorar os mecanismos de avaliação das competências do efectivo a distintos níveis, para melhor responder às exigências actuais.
Disse que o contexto actual do mundo caracterizado pelo crescimento exponencial da volatilidade, das incertezas, da complexidade e da ambiguidade, onde nas relações internacionais do direito impõem, cada vez mais, a necessidade de se melhorar as tarefas da defesa do país, de todo espaço geopolítico e geoestratégico onde Angola faz parte.
Segundo o vice-governador, esta deve ser uma preocupação da sociedade angolana, para evitar que o país seja surpreendido e apanhado desprevenido, comprometendo, deste modo, a integridade territorial e soberania nacional.
Nesse sentido, disse serem de extrema importância os treinos, exercícios e manobras realizadas, regularmente, pelas Forças Armadas Angolanas (FAA) no âmbito do Ano de Instrução, pelo que todo militar deve encará-los com grande responsabilidade, seriedade e profissionalismo, para que os objectivos preconizados sejam literalmente alcançados.
Angelino Elavoco ressaltou que o propósito deste ano de instrução que se realiza em simultâneo em todas as zonas militares do país representa um marco importante para vida das tropas, numa iniciativa que visa melhorar a preparação operativa, combativa e educativo-patriótica, para a garantia da defesa do país
Afirmou que o compromisso das FAA com os imperativos da paz e da estabilidade da Região e do continente, exigem a necessidade de se trabalhar com seriedade na preparação consciente do efectivo, através de uma educação que coloque acima de tudo o patriotismo, bem como a preservação do património público.
O vice-governador enalteceu o trabalho levado a cabo pelas Forças Armadas Angolana, sobretudo, na promoção agro-pecuária em todas as unidades e subunidades para o processo da segurança alimentar da tropa, numa altura em que o contexto económico e financeiro que o país enfrenta impera a transformação da crise em oportunidade de inovação e criatividade.
O responsável reconheceu os esforços da Região Militar Centro na melhoria da criação de condições de trabalho e de acomodação do efectivo.
O evento castrense, presenciado por oficias generais, superiores, capitães, subalternos, sargentos, praças e trabalhadores civis, ficou marcado pelo desfile das tropas em para e a integração do Estandarte Nacional um outro momento importante.
Ano de Instrução
O ano de instrução, a decorrer num período de 10 meses, visa organizar a preparação combativa, educativa-patriótica, bem como elevar a capacidade das grandes unidades e sub-unidades militares, adequando-as às exigências e aos futuros desafios, para poderem reprimir agressões externas.
Entre os objectivos da instrução constam o socorro à população, em casos de sinistros e calamidades naturais, para além de ensinar a comunidade castrense sobre o conhecimento das leis e regulamentos vigentes nas Forças Armadas Angolanas.
A instrução do efectivo visa, ainda, preparar a tropa no âmbito da manutenção da paz e segurança, face aos conflitos armados da região, em particular, e o mundo em geral, bem como preparar os Comandos e Estados-Maiores na cooperação com outras regiões, grandes e pequenas unidades para o aperfeiçoamento dos mecanismos de realização de missões conjuntas. JSV/ALH