Lubango - O antigo director-geral do Instituto Superior Politécnico da Huíla (ISPH), Manuel Sahando Neto, foi condenado quarta-feira a cinco anos de prisão, com pena suspensa, pelo Tribunal da Comarca do Lubango.
O réu é acusado de desviar 54 milhões de kwanzas, dos 122 milhões, investidos pelo Governo, em 2014, para aquisição de equipamentos destinado à montagem de cinco laboratórios para as aulas práticas.
A suspensão da pena deveu-se a um recurso interposto pela defesa.
A juíza Edna Bebeca disse que o réu havia subtraído seis milhões de kwanzas, para alegado pagamento de salários e subsídios dos professores do ISPH, sublinhando que o tribunal, que considera ter havido crime de peculato, obrigou a restituição dos valores.
O tribunal condenou igualmente Filipe Sebastião, empresário, a penas de seis meses de prisão pelo crime de falsificação de documentos e de dois anos por corrupção activa, ambas suspensas por conta de um recurso.
Inês Nahambi e Aldina Ngueve foram condenadas a três anos de prisão, com pena suspensa, sendo dois pelo crime de falsificação de documentos e um por corrupção passiva, praticada durante o exercício das suas funções no Cartório Notarial da Huíla
Os arguidos absolvidos Carlos Alberto Lopes Gonçalves, que tinha sido acusado pelo crime de abuso de confiança, e o declarante Joaquim Castilho, que passou a arguido, pelo crime de tráfico de influência, foram absolvidos por os delitos terem sido abrangidos pela lei da amnistia.
Manuel Sahando Neto foi director-geral do Instituto Superior Politécnico da Huíla de 2012 a 2015.