Mbanza Kongo – A contínua capacitação e formação dos quadros do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) foi, esta quarta-feira, apontada, em Mbanza Kongo, Zaire, como “chave” para a prestação de um serviço público de excelência por parte deste órgão do Ministério do Interior.
De acordo com o director provincial interino do SME, superintendente de migração-chefe Domingos Simão, a capacitação permanente do pessoal vai permitir responder aos desafios das novas tecnologias de trabalho postas à disposição dos efectivos.
Sublinhou que, na prática das infracções fronteiriças, os autores utilizam novas e modernas tecnologias de informação para ludibriar às autoridades competentes, daí reputar de importante que o efectivo do SME domine estas ferramentas para contrapor tais intentos.
O oficial de migração, que discursava no acto provincial comemorativo do 47º aniversário do SME, que hoje se assinala, enumerou alguns crimes conexos à imigração ilegal, como o tráfico de seres humanos, o contrabando de combustível, a fuga ao fisco, entre outros.
Apelou, por isso, para que o combate à imigração ilegal seja redobrado e mereça a atenção especial do seu órgão na região, apesar de reconhecer a complexa e extensa fronteira que o Zaire partilha com a RDC.
Exortou, igualmente, à denúncia dos infractores, por parte da população, tendo destacado o perigo que este fenómeno representa para a segurança nacional.
Por sua vez, o director provincial do Serviço de Investigação Criminal (SIC), subcomissário de investigação criminal Armando Domingos Capapa, sugeriu a realização de micro-operações contínuas visando a identificação, interpelação e consequente repatriamento dos imigrantes ilegais.
Ele que representou o delegado provincial do ministério do Interior, Comissário Firmino Uyamba, pediu aos membros do SME a abster-se de práticas indecorosas e a reforçar os laços de cooperação institucional com os mais órgãos do MININT para o êxito da sua missão.
De Janeiro a Dezembro de 2022, o SME no Zaire interpelou e deteve dois mil e 869 cidadãos de diversas nacionalidades, por entrada e permanência ilegal no território nacional, menos 69 em comparação ao período homólogo de 2021.
Foram expulsos três mil e 595 cidadãos da RDC, dos quais 44 por decisão administrativa e três mil e 551 por ordem judicial.
No mesmo período foram detidos 41 cidadãos nacionais, por alegada promoção e auxílio à imigração ilegal na região.
A província do Zaire partilha uma fronteira de 310 quilómetros com a RDC, 190 dos quais de fronteira fluvial. DA/PMV/JL