Ondjiva - Responsáveis de partidos políticos e da sociedade civil vaticinaram, esta segunda-feira, que a Mensagem sobre o Estado da Nação do Presidente da República traga abordagens, para além da situação sócioeconómica, sobre a materialização das autarquias e os ganhos da Divisão Política Administrativa (DPA).
O Presidente da República fala, terça-feira (15), sobre o Estado da Nação, no quadro da abertura do Ano Parlamentar em conformidade com o artigo 118º da Constituição.
Em declarações à ANGOP, líderes de partidos políticos, autoridades do poder tradicional e juvenil, manifestaram-se expectante em ouvir do Chefe de Estado soluções e caminhos para se atenuar os efeitos da crise económica e financeira, cujos reflexos impactam negativamente no quotidiano dos angolanos.
A secretária da OMA no Cunene, Vivência Ndalyewifa, disse que no seu discurso o PR vai abordar a situação macroeconómica do país, a redução do preço da cesta básica, com maior foco para a agricultura familiar e produção nacional, assim como a oferta de emprego.
Apontou ainda a situação da divisão política administrativa, centrada na paridade do género, tendo em conta a elevação de algumas comunas a municípios e criação de novas províncias, onde as mulheres como sempre serão tidas em conta.
Já o secretário da UNITA, Torna Pangeiko, disse esperar uma abordagem sobre a actual situação do país, onde o Presidente deve apresentar as soluções para a saída da crise económica.
“Gostaria de ouvir as grandes linhas de gestão e do desenvolvimento do país, quais são as soluções a serem feitas para o combate à pobreza, situação da educação e saúde, com particular realce no interior e a falta de vias de acesso”, sustentou.
Para o secretário da FNLA, Júlio Garcia, há necessidade do Presidente da República trazer à tona a marcação da data das autarquias locais, para o fortalecimento da democracia e unidade nacional.
Miguel Ndapewovano, secretário provincial do PRS, aguarda do pronunciamento do Presidente uma reflexão sobre a economia, do combate à inflação, dos programas para uma maior eficácia do sistema de saúde e educação.
Fundamentou que deve centrar-se igualmente na criação de mecanismos para evitar o aumento da taxa de câmbio.
Por seu turno, o o secretário do Conselho provincial da Juventude, Praia Chivela, apontou a empregabilidade como um foco importante da mensagem, por ser um dos grandes problemas que enferma a juventude, tal como a questão da habitação, ambiente político e a nova divisão administrativa.
O rei de Ombala yo Mungo, Mário Satipamba, disse que espera uma abordagem sobre a extensão do canal do Cafu, para acudir às comunidades.
O soberano realça ainda uma panorâmica sobre a situação do fortalecimento da União Africana, para o desenvolvimento do continente.FI/LHE/ART