Luanda - O secretário-geral do Conselho das Igrejas Cristãs em Angola (CICA), reverendo Vladimir Agostinho, considerou, esta quarta-feira, assertivo o apelo do Presidente da República, João Lourenço, no que toca à necessidade de se dialogar mais sobre a paz na região.
Este posicionamento foi manifestado durante uma entrevista à ANGOP, no âmbito das reacções da mensagem do PR sobre o estado da Nação, proferida durante a abertura do ano Parlamentar 2024/2025.
Segundo o reverendo, tal apelo visa a dissuasão dos conflitos a nível de África e do mundo, tendo considerado que, no contexto global, a paz está ameaçada, levando o Presidente João Lourenço a olhar para a instabilidade no República Democrática do Congo (RDC), Sudão do Sul, no Norte de Moçambique, Etiópia, Somália e as guerras Israel/Hamas e Rússia/Ucrânia.
Para reforçar o seu posicionamento, o responsável do CICA recordou o atraso sócio-económico, educacional e tecnológico que o país verificou durante, como consequência do conflito armado.
“Nós precisamos criar um ambiente favorável e isso só se constrói com a paz. A paz traz muitos benefícios, até mesmo para a saúde emocional e espiritual”, sublinhou.
Na visão do religioso, “o coração do homem é o laboratório de todas as guerras e não é por força das bombas que vamos alcançar a paz”.
Por outro lado, o reverendo Vladimir Agostinho congratulou-se ainda com a apreciação, por parte do Presidente João Loureço, de questões relativas à saúde e educação, que proporcionaram a redução da taxa de mortalidade materno-infantil, bem como a causada pela malária.
Já no sector da educação, destaque relativo à construção de mais salas de aulas, o que aumentou o número crianças dentro do sistema de ensino.
Vladimir Agostinho saudou ainda o anúncio da extensão do Programa Kwenda para mais cinco anos, até 2029, considerando ser um programa que tem ajudado as famílias mais vulneráveis.
No domínio da agricultura, o representante do CICA disse ser muito importante a questão do aumento da produção, passando, sobretudo pela massificação da agricultura familiar.
Quanto à diplomacia, sublinhou que a relação de Angola com outros países é salutar, facto que tem de se continuar a trabalhar com vista a estreitar a cooperação.
Enalteceu a posição do estadista em reconhecer o papel da igreja na moralização da sociedade, reforçando a necessidade de continuar a cooperar com as igrejas desde que andem em conformidade com à Constituição da República da Angola. MGM/SC