Luanda - O Presidente do Congo, Denis Sassou-N’Guesso, defendeu nesta quinta-feira, em Luanda, o contínuo empenho dos líderes da região central de África, para a resolução pacífica da crise política na República Centro-Africana (RCA).
Ao discursar na mini-Cimeira de Chefes de Estado da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes (CIRGL), o líder congolês, sublinhou a importância do acompanhamento do povo centro-africano, tendo em vista um futuro de paz.
Denis Sassou-N’Guesso é igualmente Presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC).
Já o Chefe de Estado da RCA, Faustin Touaderá, reconheceu o apoio prestado pelos homólogos da CIRGL e apelou à união para o combate à instabilidade política e militar em África.
Lembrou que o clima de instabilidade vivido durante longos anos pelo povo da RCA enfraqueceu a economia e o tecido social do país.
A RCA está mergulhada numa situação de insegurança crescente, desde o golpe de estado perpetrado pelo grupo “Seleka“, em 2013, e que conduziu à queda de François Bozizė, ex-Presidente centro-africano.
Há muitos anos, a paz e segurança na RCA têm sido motivo de preocupação para os demais países da África Central, disse, por sua vez, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki, que considerou fundamental passar das palavras aos actos.
"O tempo das palavras já foi revogado na RCA (...) temos que ter actos concretos de solidariedade africana", observou.
O diplomata tchadiano ao serviço da UA apelou ao fim das hostilidades e à busca de soluções pacíficas, por via do diálogo, entre as partes envolvidas no conflito na RCA.
A mini-Cimeira termina ainda hoje com a divulgação de um comunicado final.
Uma iniciativa do Presidente em exercício da CIRGL, João Lourenço, a mini-Cimeira de Chefes de Estado dessa região está a debater questões de segurança relacionadas com a República Centro-Africana.
São membros da organização, Angola, Burundi, Congo, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Rwanda, Sudão, Sudão do Sul, República Unida da Tanzânia, Uganda e Zâmbia.