Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, deixou o Cunene, de regresso a Luanda, depois de, durante dois dias, trabalhar nesta província, onde tratou de questões ligadas ao desenvolvimento da região sul de Angola.
Antes de regressar à capital do país, o Chefe de Estado angolano visitou a localidade de Cafu, onde constatou o andamento do projecto estruturante de combate à seca, que compreende o sistema de captação de água no Rio Cunene, o processo de bombagem, a conduta e o canal aberto.
No primeiro dia de trabalho (sexta-feira), reuniu, em Ondjiva, com membros do governo local, para se inteirar da situação socio-económica da província, negativamente influenciada pela seca, a falta de mais escolas, hospitais, estradas, entre outros.
Após ouvir as necessidades da região, anunciou o início, em Outubro próximo, da construção das barragens de Calucuve e de Ndúe, bem como a recuperação de diques e açudes no município do Curoca, a 334 quilómetros da cidade de Ondjiva, no âmbito dos projectos estruturantes para combater a seca na região.
Para o combate efectivo da seca, o Titular do Poder Executivo revelou também o início, no próximo ano, do projecto de transferência de águas para regiões localizadas na margem direita do Rio Cunene, nomeadamente as sedes municipais de Cahama, Oncocua e Chitado (município do Curoca), assim como a reabilitação da repreza da Cova do Leão.
Ainda em resposta aos desafios colocados pela seca que periodicamente assola o sul do país, João Lourenço presidiu uma reunião com os governadores das províncias do Cunene, Cuando Cubango, Huíla e Namibe.
A sua agenda compreendeu igualmente audiências a autoridades tradicionais, religiosas, empresários e jovens.
Com uma população de um milhão 121 mil e 748 habitantes, a província do Cunene, que hoje (sábado) celebra 51 anos da sua fundação, tem uma superfície de 77 mil e 213 quilómetros quadrados e está dividida administrativamente por seis municípios e 20 comunas.