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PR defende preservação das Nações Unidas

     Política              
  • Luanda • Sexta, 24 Janeiro de 2025 | 19h49
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Presidente da República, João Lourenço
Presidente da República, João Lourenço
Pedro Parente-ANGOP
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Presidente da República, João Lourenço (Arquivo)
Presidente da República, João Lourenço (Arquivo)
Pedro Parente-ANGOP

Luanda - O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, salientou esta sexta-feira (24), em Luanda, a importância da preservação das instituições de governação global, como as Nações Unidas.

O Presidente da República discursava na cerimónia de cumprimentos de Ano Novo ao Corpo Diplomático acreditado em Angola, tendo realçado que é na (ONU) onde todas as nações do mundo se podem fazer ouvir e manifestar os seus anseios e preocupações quanto ao progresso e desenvolvimento.

Frisou que nenhuma associação de países constituída regionalmente ou sobre uma outra base qualquer deve, pretender, assumir ou substituir o papel que está reservado às Nações Unidas, mesmo tendo em conta o facto de que esta necessita de uma reforma profunda.

Para o Presidente João Lourenço, ela continua a ser a única organização com legitimidade para albergar todas as nações do planeta, no sentido de decidir sobre as questões fundamentais e estratégicas da humanidade.

Por este facto, considerou que se deve agir em conjunto, por forma a que as Nações Unidas não percam o papel central que têm vindo a desempenhar e que, em grande medida, ajudou o mundo a superar os enormes desafios com que se confrontou nas últimas oito décadas.

Disse que, ao longo deste período, se procurou sempre fazer prevalecer e respeitar os princípios fundamentais nas relações entre os Estados, como sendo o príncipio do respeito pela independência e soberania dos mesmos, da inviolabilidade das fronteiras internacionalmente reconhecidas, da não agressão e da não ingerência nos assuntos internos de terceiros.

Esses princípios, de acordo com o Presidente João Lourenço, continuam válidos, embora se esteja a observar, nos últimos anos, a tendência de alguns Estados reivindicarem o direito, por eles próprios concedidos, de invadir, ocupar e anexar territórios sob pretexto da necessidade de prevenir ameaças externas, precedente, altamente, perigoso e intolerável que está a acontecer infelizmente na Europa, no Meio Oriente e em África.

“É com a perspectiva do restabelecimento da paz e da segurança mundial que encaramos, com esperança, que se consiga levar a Rússia e a Ucrânia a procurarem, pelo diálogo, uma solução definitiva para o conflito que as opõe”, disse.

Acrescentou ainda que “estes dois países devem procurar buscar pontos de entendimento que lhes permitam restituir a paz aos seus povos e à Europa, antes que o conflito não adquira proporções que levem à deflagração de uma guerra com consequências catastróficas para toda a humanidade”.

Por este motivo, disse saudar o acordo faseado de cessar-fogo, recentemente, alcançado entre Israel e o Hamas sobre a Faixa de Gaza, resultante do diálogo e da persistência da diplomacia dos países envolvidos, nomeadamente os Estados Unidos da América, Qatar e Egipto, os quais felicitou.

Disse esperar que este acordo venha a ser cumprido e implementado com coerência e espírito de compromisso, para que sejam libertados todos os reféns israelitas, os prisioneiros palestinos, bem como seja encaminhada toda a ajuda humanitária aos habitantes de Gaza.

De igual modo, disse esperar que “seja ainda dado início à reconstrução de Gaza e não se perca esta janela de oportunidade para que na base das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas comecem, efectivamente, a ser dados os passos concretos que levarão à criação do Estado da Palestina”. SC





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