Luanda – Deputados à Assembleia Nacional consideraram, esta segunda-feira, em Luanda, positiva a mensagem sobre o estado da Nação, proferida pelo Presidente da República, que marca a abertura do ano Parlamentar 2023/2024.
Em declarações à ANGOP, no final da sessão solene da V Legislatura, Luísa Damião disse ter sido um discurso de esperança e compromisso, no qual foi elencado um conjunto de acções que servem também como orientações para os auxiliares do Titular do Poder Executivo, tendo em conta a melhoria das condições de vida da população.
A deputada do MPLA referiu-se, sobretudo, a questões ligadas à saúde, educação, energia, aumento da produção agrícola, de infra-estruturas rodoviárias, circulação de pessoas e bens, assim como o papel que se deve reservar as mulheres e aos jovens.
No seu entender, a implementação das acções perspectivadas na mensagem do Chefe de Estado contribuirá para a melhoria das condições de vida dos cidadãos nos próximos tempos.
“O Presidente da República veio aqui dizer que continua comprometido com Angola e com os angolanos, e enumerou um conjunto de acções que, de facto, vão ajudar a responder os anseios e aspirações dos angolanos. Percebi que está preocupado também em melhorar as condições do ponto de vista do poder de compra”, disse.
A deputada elogiou, por outro, a política de incentivo e protecção ao investimento privado, tendo manifestado a disposição desta formação política em apoiar para que o empresariado tenha tal incentivo no sentido de dar o seu contributo no desenvolvimento do país em vários sectores.
Segundo Luísa Damião, o Estado, em si, não pode fazer tudo, daí ser necessário o desempenho do empresariado.
Por sua vez, o deputado Benedito Daniel, do PRS, disse que a mensagem correspondeu a expectativa, na medida em que passou em revista questões prementes do país e nela o Chefe de Estado fez recomendações essenciais.
Para si, a mesma abarcou de tudo um pouco, do que esperava, quanto a assuntos sociais, económicos e sobre a geopolítica, embora não se tenha aprofundado a questão concernente ao actual modo de vida das populações.
Ainda assim, realçou, centrou-se no que está a ser feito para minimizar a situação, sobretudo nas áreas da saúde, emprego, economia e ao nível das infra-estruturas, o que é acalentador.
“Estamos a em crer que o esperado foi abordado, com mais ou menos profundidade”, sublinhou, enfatizando que a satisfação é relativa, consoante o pensamento de cada indivíduo.
Corrobora igualmente da opinião de uma mensagem esperançosa, a líder da Igreja Teosófica Espírita de Angola, profetiza Suzete João, tendo destacado o facto de o Presidente da República ter reconhecido que o actual momento do país não é fácil, mas que tudo se está a fazer no sentido de ultrapassar o quadro.
Segundo a religiosa, o Presidente está sensível a todas as preocupações do país e deixou uma mensagem de esperança em muitos domínios do país.
Apelou, no entanto, para a contribuição de todas as forças vivas da nação, apontando o resgate de valores cívicos e morais como uma das áreas da sociedade em que pode incidir o trabalho dessa instituição religiosa.
Entretanto, o líder do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiaca, e o politico Manuel Fernandes, da CASA-CE, exprimiram posições contrárias, pois consideram que a mensagem sobre o estado da nação não aponta soluções para os principais problemas que o país vive.
Para Manuel Fernandes, há uma série de expectativas que não encontraram satisfação no discurso como, por exemplo, questões de aumento salarial e dados concretos sobre a reposição da capacidade de compra da população.
Já Liberty Chiaca fala, entre outros, em problemas de fome e seca no Sul do país.