Luanda – Políticos e membros da sociedade civil reagiram hoje, sábado, de modo diferenciado, à Mensagem do Presidente da República, João Lourenço, sobre o Estado da Nação.
No final da cerimónia, que marcou a abertura da I sessão legislativa da V legislatura, a vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, afirmou que a mensagem correspondeu aos anseios e aspirações do povo angolano, ao apostar no capital humano, emprego para os jovens, na educação e na saúde.
Luísa Damião disse ser o MPLA o principal interessado na realização das eleições autárquicas ao ter tido a iniciativa, condicionada apenas, como disse, pela conclusão da aprovação do pacote legislativo que as rege.
Numa espécie de réplica à Mensagem à Nação, a lidença da UNITA, com 90 dos 220 deputados na Assembleia Nacional, considerou irrealizável a proposta de programa de governação apresentada pelo Presidente da República.
Adalberto da Costa Júnior, em conferência de imprensa com organizações política aliadas, duvidou da capacidade do país financiar os projectos anunciados.
Reafirmou o compromisso com uma oposição responsável e participativa, tendo em conta uma visão de futuro em prol do bem-estar dos angolanos na base do diálogo e da concertação política.
O presidente da UNITA considera essencial a conclusão do pacote legislativo autárquico para assegurar maior autonomia ao poder local.
O ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, declarou que a mensagem do Chefe de Estado define as linhas programáticas para a materialização dos grandes objectivos de desnovimento do país.
Adão de Almeida afirmou que a transparência e disciplina na gestão da coisa pública deverão ser princípios basilares da governação, para que os objectivos propostos pelo Presidente da República sejam alcançados.
O deputado e líder da PRS, Benedito Daniel, disse que a mensagem corresponde às expectativa, questionando também a capacidade financeira do Estado angolano para materializar o que, a seu ver, seria ideal.
O deputado e presidente da FNLA, Nimi a Simbi, disse não haver mensagem boa de todo, condicionando o seu pronunciamento análide do seu grupo de assessores.
O bispo da igreja Tocoítica, dom Afonso Nunes, considerou tratar-se de um programa com impacto em todos os domínios da vida nacional, que ser for implemtado em pelo menos 80 % , poderá melhorar, consideravelmente, a vida dos cidaçãos angolanos.
Com quadros capazes e sem impactos externos que afectem a economia nacional, o programa é realizável, se contar também com a parceria da igreja, declarou dom Afonso Nunes.
Já o rei da Baixa de Cassanje, António Charles Munahuta Kabamba VII, disse à Angop ser um discurso esperado, abrangente e realizável com a contribuição de cada um dos cidadãos nacionais.
"Bom discurso. Temos todos de contribuir para ver o processo (de desenvolvimento do país) a andar", declarou o soberano da antiga zona algodoeira de Cassanje.
O rei do Bailundo, Tiongolola VI, afirmou que a mensagem conforta e valoriza o povo ovimbundu, assim como as autoridades tradicionais.
O duque VI Tiongolola afirmou que o discurso “pegou em todos os pontos da vida da sociedade” e espera que os deputados legislem para que a económia seja alavancada, estável e garante suporte ao empoderamento juvenil, com a participação da banca.
O deputado Jorge Ribeiro, pela bancada do MPLA, enaleceu o facto de o Presidente da República ter tido um foco na vida social e na formação de quadros, essencialmente, no sector da educação, para o desenvolvimento do país.
A cerimónia de abertura da I sessão legislativa da V Legislatura contou com a presença de membros do Executivo, sociedade civil e do corpo diplomático.
