Luanda - O Comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, acredita que existe uma acção concertada e bem orientada para se criar um clima de instabilidade em Luanda e desencorajar todo o investimento.
Paulo de Almeida falava hoje, segunda-feira, à imprensa depois da inauguração de um Posto de Polícia, na localidade de Tandala, município da Quiçama, sobre os assaltos registados em Luanda, inclusive na via pública.
A intenção, segundo o oficial, é criar um clima de instabilidade, sobretudo na consciência das pessoas, “acabar com a paz que todos nós queremos e inviabilizar todos os planos que o Governo está a desenhar para os próximos tempos”.
Se repararem bem na cronologia das coisas, prosseguiu, antigamente as pessoas buscavam nas redes sociais factos que aconteciam em outros países, afirmando que aconteceram em Angola, depois começaram a passar factos de anos passados, como se fossem casos recentes, não satisfeitos hoje estão a tentar dar uma imagem de que Angola é instável.
O Comandante -geral reafirmou que o país está estável e seguro, onde as instituições funcionam normalmente e as pessoas circulam em segurança, recordando que todos são responsáveis por esta segurança e naturalmente devem participar para que esta segurança pública seja efectiva.
Em sua opinião, existe uma certa motivação que precisa ser descortinada, apesar de, geralmente, o cometimento de crimes ser cíclico, com tendência de algumas vezes aumentarem e outras diminuírem.
Paulo de Almeida reafirmou que a polícia é uma instituição boa, de bem servir para garantir a segurança de todos os cidadãos, mas comparado a uma roseira que dá rosas de carinho e de solidariedade, mas que pica quando é mal tratada.
Segundo o oficial, a polícia vai passar agora a divulgar aquelas que são as suas acções,” estávamos um pouco encobertos, não queríamos dar esta imagem que agora vamos passar, porque tem havido resposta” aos crimes cometidos.
Afirmou que a polícia está a fazer a sua parte e de facto a cumprir com o seu papel, dentro dos seus limites e das suas capacidades.
Actualmente a província de Luanda conta com 108 esquadras, um bom número em termo numéricos, mas não em termo de capacidade, pois a província tem uma população de oito milhões de habitantes, assistidos por um efectivo operacional que ronda os 10 mil agentes, adiantou.