Sumbe - Os partidos políticos com assento parlamentar apelaram, esta quinta-feira, na cidade do Sumbe, província do Cuanza Sul, à convivência pacífica entre os cidadãos angolanos, promovendo discursos que preservam a paz, a unidade e a reconciliação nacional.
Em declarações à imprensa, no final de um encontro com o governador provincial do Cuanza Sul, Job Capapinha, os políticos foram unânimes em afirmar que a intolerância política, sobretudo em ano eleitoral, não contribui para o processo de consolidação da democracia.
Os responsáveis partidários reagiam aos actos de vandalismo protagonizados sábado por supostos militantes da UNITA, no município de Sanza-Pombo, província do Uíge, que vandalizaram o centro de produção da Rádio Nacional de Angola (RNA) e o Comité Municipal do MPLA.
A briga, provocada devido a um desentendimento com membros afectos ao partido no poder, resultou em sete feridos.
O secretário provincial da UNITA, Armando Kakepa, condenou o acto, salientando que o seu partido defende a democracia e a convivência pacífica entre os actores políticos.
“A Unita condena os acontecimentos registados recentemente na província do Uíge. Temos que trabalhar no sentido de incutir nos nossos militantes como se deve viver em democracia, por forma a não usarem a violência”, referiu.
Por sua vez, o secretário provincial da CASA-CE, Quartim Portugal, advogou a necessidade dos partidos políticos trabalharem em harmonia, realçando que a sua organização está comprometida com a estabilidade social, a preservação da paz e o bem-estar das populações.
Já o representante do PRS, Danick Cahumbo, sublinhou que os militantes do partido estão orientados a manter um comportamento digno, optando sempre pelo diálogo, evitando actos de vandalismo e arruaça.
Por outro lado, considerou o encontro "extremamente positivo", por permitir a abordagem de assuntos ligados à situação política, económica e social da província.
“Há muito que esperava por este encontro, pois permitiu apresentar algumas preocupações ligadas ao PIIM e ao processo de actualização do registo eleitoral”, acrescentou.